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Trigo importado contaminado desafia compradores brasileiros

Níveis de tolerância são diferentes no exterior


 

Um dos maiores problemas enfrentados pelos compradores brasileiros de trigo é o controle de contaminação sobre o produto importado – especialmente com glifosato. O tema entrou na discussão da reunião da Câmara Setorial de Trigo do Rio Grande do Sul, realizada nesta quinta-feira (07.07) na Embrapa Trigo de Passo Fundo.

“Resíduo em alimentos é crime definido em Código Penal, e deve ser evitado a todo custo, porque pode expor o culpado a sanções severas. O problema maior é o controle dos trigos importados, cujos países de origem tem diferentes níveis de tolerância (muito maiores do que os do Brasil). Como controlá-los, se uma análise costuma demorar 30 dias?”, aponta a Consultoria Trigo & Farinhas.

O analista sênior da T&F, Luiz Carlos Pacheco, esteve presente na reunião e apresentou sugestões. Uma delas é verificar se há acordos comerciais e sanitários com estes países vendedores, e então exigir que se adaptem às exigências brasileiras, assim como exigem que os brasileiros se adaptem quando compram produtos nossos.

A consultoria aponta ainda a necessidade de “contratar supervisores de qualidade na origem [às expensas dos exportadores, como é usual no mercado internacional], para verificar a adequação destas mercadorias às normas brasileiras antes dos embarques)”.
 
Segundo Pacheco, as inspeções sanitárias serão cada vez mais frequentes e severas e, ao encontrarem erros legalmente condenáveis, investirão contra os moinhos. Isso porque são estes que emitem notas fiscais aos supermercados e terão que arcar com multas e penalidades criminais, se for o caso, embora a causa final esteja nas etapas anteriores à moagem, especialmente produção e transporte.

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