CI

Triticultores reivindicam nova política agrícola para o grão

O setor produtivo está preparando um documento expondo todos os problemas


Os triticultores do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde se concentra a maior produção de trigo do País, reivindicam uma nova política agrícola para o grão. Eles pleiteiam ainda a instituição de um seguro rural, que até então se limita ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), destinado principalmente à agricultura familiar. A cultura não é garantida pelo seguro rural por causa do seu elevado risco que oferece, o que torna o custo da garantia excessivamente elevado para as seguradoras.

O setor produtivo está preparando um documento expondo todos os problemas que inviabilizam hoje a expansão da triticultura para ser entregue ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nas primeiras semanas do próximo mês. A intenção é aumentar a oferta no mercado interno e reduzir a dependência das importações da Argentina.

O diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural do ministério, Weligton Soares de Almeida, acredita que os produtores de trigo poderão contar com o seguro já nesta safra de inverno. Algumas empresas já estão avaliando a oportunidade de oferecer o seguro para o trigo neste ano. "Antes de a seguradora ofertar o produto terá de identificar a companhia resseguradora para assumir 90% do risco’’, disse. Na operação, a seguradora arcaria com prêmio (equivalente ao risco) de 10% e repassaria os restantes de 90% às resseguradoras.

A Companhia de Seguros Aliança do Brasil está negociando com o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e a resseguradora suíça Converium para lançar o produto vinculado ao crédito agrícola, para os três estados sulistas. Na prática, esta medida significa a expansão do projeto-piloto do Banco do Brasil lançado no ano passado para a soja em quatro estados: Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. "O Banco do Brasil está estudando a vinculação do crédito ao seguro rural para o trigo, o que poderá reduzir o preço do seguro’’, disse Almeida. A instituição pretende expandir em 2007 a medida para outros estados e outras culturas. A iniciativa deve consumir R$ 80 milhões em subvenção em 2007.

Os triticultores pleiteiam ainda novos recursos para custeio e investimento e redução da taxa de juro, de 8,75% a 6%.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.