CI

Um ano que vai deixar poucas saudades!

Em 2016, o agronegócio foi, literalmente, o salvador da pátria 

Em 2016, o agronegócio foi, literalmente, o salvador da pátria 

Estamos nos aproximando da reta final do ano de 2016. Está na hora de fazermos uma análise como foi nossa atividade, e suas repercussões no contexto nacional e internacional. Sem dúvida este ano não foi para deixar saudades a ninguém em nosso país, se formos analisar a conjuntura global, da nossa política e economia. A exemplo de 2015, regredimos em quase tudo no que diz respeito à produção econômica e social.

Além de atravessarmos um processo político doloroso com o impedimento da Presidente da República, que certamente contribuiu para piorar a situação econômica que já vinha se deteriorando, também tivemos repercussão de políticas internacionais. O setor agropecuário por sua vez, mais uma vez foi o salvador da pátria em nossa economia. Enquanto as demais atividades regrediram, o agronegócio avançou. Segundo está sendo previsto, a agropecuária deve crescer cerca de três por cento no país, enquanto a economia no geral deve cair perto de 2%. Em SC o avanço até agora levantado foi maior. Dados divulgados na última semana pelo Cepa da Epagri indicam que o Valor Bruto da Produção Agropecuária cresceu 16,2 por cento, isto é, acima da inflação garantindo um movimento econômico que deve ter contribuído para a arrecadação de impostos. Ultrapassou R$ 28 bilhões.

Os dados do Cepa ainda mostram que mais de 60% do valor da produção veio da pecuária, principalmente da avicultura, suínos, e leite, apesar da crise que atingiu o setor em função da escassez do milho. Dos 20 principais produtos agropecuários de SC, 12 tiveram acréscimo de preços, portanto, registrando recuperação da atividade. Pode parecer pouco, mas diante de uma economia recessiva, há que se considerar que o agronegócio está segurando a barra. Mas e a economia no país? Continua a passos de tartaruga. O novo governo ainda não conseguiu deslanchar. E tem sido atingido por frequentes denúncias de corrupção em seu primeiro escalão, no executivo, e no legislativo, estimulando a desconfiança dos investidores, e, consequentemente, prejudicando o avanço da economia no geral. É bem verdade que nem tudo o que está sendo noticiado de falcatruas ou corrupção tem sido comprovado. Está se vendendo a imagem de que tudo e todos os políticos estão errados, quando a realidade não é bem assim, muito embora saibamos que não existem santos em Brasília. As medidas econômicas de controle de gastos aprovadas no Congresso Nacional teve oposição sistemática de uma minoria barulhenta que pensa que está ajudando, mas o resultado é o contrário. Qualquer gestor sabe que se não houver controle de gastos, sem a respectiva receita para compensar, vai chegar o momento que vai quebrar.

Alguém tem que tomar providências e para isso os contrários teriam que apresentar alternativa viável, mas não o fazem, somente criticam, prestando um desserviço ao país de amanhã. Outra ação do novo governo diz respeito à previdência social Trata-se de um ingrediente que está dentro da filosofia de controle de gastos. Precisa ser tomada alguma providência também nesse particular. Se estão sendo preservados os direitos adquiridos, não teria porque tanta contestação com as medidas anunciadas. Até podem ser melhoradas, e para isso estão em discussão no parlamento, mas não podem ser consideradas todas ruins. Mais uma vez vale a premissa de que se não controlar agora, vai faltar depois. Portanto, a coerência é fundamental e não apenas críticas para marcar posição política. Por último cabe lembrar também a proposta de tratamento isonômico aos três poderes. Se a lei é para todos, porque só alguns têm que ter controle. Há necessidade de se superar o individualismo ou corporativismo de alguns setores oficiais. Está havendo uma grande distorção na divulgação das propostas de controle do abuso de autoridade. O projeto anunciado não acusa ninguém a priori. Deve haver delito para ser acusado e condenado, portanto, se ninguém agir erradamente, não terá penalidade.

Foi injusta a acusação divulgada de que alguns parlamentares estão contra a Lava Jato. Não está escrito em lugar nenhum que a proposta acaba as ações do órgão. Pelo que consta no projeto, tudo continuará. A revolta de alguns é porque se acham acima da lei e das obrigações de todos. Esperamos que na entrada do novo ano, o bom senso predomine, e que políticos e administradores públicos entendam que melhor atacar o mal agora, do que conviver com ele para sempre. Pense nisso.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.