Umidade dos grãos prejudica colheita de milho em MT
O ritmo inicial das atividades apresenta-se semelhante ao do ano passado
O ritmo inicial das atividades apresenta-se semelhante ao do ano passado. Uma das justificativas para a colheita não estar apresentando um avanço ainda maior é a alta umidade dos grãos em algumas regiões, dentre elas, a sudeste, que acaba adiando o ritmo mais acentuado da colheita para as próximas semanas.
A produtividade ponderada pela área colhida está em 94,5 sc/ha. Assim, até o momento 885 mil toneladas de milho já se encontram no mercado, pressionando as cotações do cereal, que já apresentam queda à medida que as atividades avançam. Além disso, as pressões baixistas vindas do mercado externo podem tornar este cenário interno ainda mais preocupante. O que se sabe é que nas próximas semanas a colheita se intensificará no Estado, podendo pressionar ainda mais as cotações internas do cereal.
No início da segunda quinzena do mês de junho, as cotações para o milho disponível em Mato Grosso apresentaram queda de 11,45%, em relação à semana anterior. O principal motivo é a nova safra que começa a entrar no mercado. Assim, o cereal encerra a semana com cotação média de R$ 14,56/sc.
O prêmio do milho no porto de Paranaguá para o contrato de junho/14 apresentou na última semana alta de 11,2%, registrando média de US$ 0,63/bushel. Esta alta do prêmio acabou compensando as leves quedas sofridas pelo cereal, na média da semana, em Chicago. No mesmo período do ano passado o prêmio para este mesmo contrato apresentava deságio de US$ 1,00/bushel.
Na última semana, a diferença de base entre o preço do milho em Mato Grosso em relação às cotações de julho/14 em Chicago elevou-se para R$ 8,99/sc. Apesar do recuo das cotações internacionais, as perdas sofridas nas cotações internas pesaram mais sobre esta diferença, fazendo os preços domésticos se distanciarem mais dos externos.
Fonte: IMEA