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União Europeia adia decisão sobre glifosato

Licença para uso do produto expira este ano


A União Europeia não foi capaz de contabilizar os votos nesta quarta-feira (25.10) sobre a extensão de licença do pesticida glifosato, atrasando uma definição sobre o uso do herbicida. Na semana passada, a agência Reuters denunciou que um braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) teria forjado dados para afirmar que o ingrediente ativo causa câncer.

A Comissão Europeia disse em um comunicado oficial que o comitê responsável pelo assunto não pode votar, e que anunciaria uma data futura para a votação em breve. É a segunda vez que a definição é adiada neste mês. A licença atual do produto expira no final do ano.

A última extensão de uso do glifosato, autorizada pelas autoridades europeias, tem duração de 18 meses e foi emitida em Junho de 2016. Em março, a Agência Química Europeia concluiu que não há evidências de que o ingrediente ativo cause câncer ou tenha alguma ligação com causas de câncer. A conclusão foi a mesma de orgãos regulatórios do Japão ou do Canadá.

Em antecipação ao voto, o Parlamento Europeu havia solicitado que o glifosato fosse eliminado do mercado pelos próximos cinco anos, levando a Comissão a derrubar a proposta de extensão para 10 anos. A Comissão anunciou que buscaria um consenso para uma extensão de cinco a sete anos.

O glifosato é usados há mais de 40 anos, e hoje é o herbicida mais aplicado em todo o mundo. O movimento ambientalista Greenpeace questionou recentemente os métodos de pesquisa que apontam que o produto é totalmente seguro.

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