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UNICA aplaude pedido por fim de subsídios ao etanol de milho

Isto reduziria gastos e estabeleceria um cenário equilibrado


Impostos e subsídios concedidos à indústria de combustíveis renováveis deveriam ser eliminados gradativamente nos Estados Unidos. Isto reduziria gastos e estabeleceria um cenário equilibrado para todas as fontes energéticas. Foi assim que Karen Harbert, presidente do Instituto de Energia do Século 21, que faz parte da Câmara de Comércio dos EUA (U.S. Chamber of Commerce), abordou a questão da escalada do déficit do governo americano, assunto que vem gerando debates acalorados no Congresso americano. O comentário foi elogiado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), pois sinaliza o provável destino das medidas de apoio e proteção governamental para a indústria doméstica de etanol.


“Se a maior federação de negócios do mundo concorda que mudanças precisam ser feitas, não há motivos para o governo dos EUA manter os subsídios ao etanol de milho, da ordem de US$ 6 bilhões por ano, e elevar as barreiras comerciais contra a concorrência,” avalia Leticia Phillips, relações governamentais e institucionais da UNICA na América do Norte.

Phillips reforça que “até o Grupo de Trabalho Integrado para os Biocombustíveis do Presidente Obama confirmou que a indústria de etanol de milho está amadurecida, uma indicação clara de que os subsídios e proteção comercial não são mais necessários, e que a indústria do etanol está pronta para competir em um mercado livre” reforça Phillips.

Harbert enfatiza que deve ser dado “um prazo para a indústria energética americana, para que haja previsibilidade. Que tenham um período definido no qual saibam que terão algum apoio, embora isto não possa continuar por tempo indeterminado. Não podemos nos dar esse luxo.”


Competição em mercado livre

Segundo a Câmara de Comércio dos Estados Unidos, a indústria do milho americana tem, além dos subsídios, o benefício de uma tarifa de US$ 0,54 por galão (3,78 litros) sobre o etanol importado e a obrigatoriedade de comercialização de etanol no país, imposta pelo Renewable Fuel Standard (RFS), um conjunto de normas que regula a produção e a utilização de biocombustíveis no país e que determina, entre outros aspectos, a utilização de 36 bilhões de galões de combustíveis limpos até 2022.

“Há muita discórdia dentro da indústria americana de etanol sobre a necessidade futura dos subsídios. Nossa expectativa é que, com o tempo, a indústria será capaz de caminhar com suas próprias pernas,” acrescentou Matt Letourneau, porta-voz da Camara Americana.

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