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USDA reduz estoques finais de soja e gera protesto

Os relatórios sobre produção de lavoura e oferta e demanda do USDA da última quinta (12/10) pareceram favorecer a soja


Os relatórios sobre produção de lavoura e oferta e demanda do USDA da última quinta (12/10) pareceram favorecer a soja com uma leve queda nos rendimentos estimados nos EUA e menor estimativa de estoques finais.  

Rendimentos

Em seus Relatórios de Produção de Lavoura e Oferta/Demanda de Outubro, divulgados no último dia 12, o USDA cravou o rendimento médio de milho nos Estados Unidos em 171,8 bushels por acre contra a estimativa média do setor de 169,8 bushels por acre e a previsão do mês passado de 169,9 bushels por acre.  

Para a soja, o rendimento médio estimado é de 49,5 bushels por acre, versus a estimativa média do setor de 49,9 bushels por acre e a previsão feita em setembro pelo USDA de 49,9.  

Estoques finais nos EUA em 2017-18

O USDA cravou os estoques de milho nos EUA para 2017-18 em 2,34 bilhões de bushels, em comparação com a estimativa média do setor de 2,25 bilhões e a estimativa anterior do próprio órgão de 2,335 bilhões.  

Para soja, os estoques finais nos Estados Unidos foram cravados em 430 milhões de bushels, contra a estimativa média de analistas de 452 milhões e a previsão de setembro do USDA de 475 milhões.  

Já os estoques finais de trigo no país foram estimados em 960 milhões de bushels, versus a estimativa média do setor de 944 milhões e a estimativa anterior do USDA de 933 milhões.  

Resposta do setor

Al Kluis, da Kluis Commodities, diz que o relatório é “definitivamente positivo para soja” com os estoques finais de soja abaixo do esperado nos EUA. A reação do mercado a uma estimativa de maior rendimento de milho foi positiva, aumentando preços de futuros que tinham sido negociados abaixo dos níveis básicos anteriores pouco após a divulgação do relatório.  

Jason Roose, da U.S. Commodities, afirma: “A reação inicial ao relatório de lavouras WASDE de outubro foi positiva em preço para milho e soja, com estoques finais caindo em milho e soja no mundo inteiro. A expectativa pré-relatório era de um aumento no rendimento do milho e da soja, mas o desta baixou de 49,9 para 49,5; os acres colhidos aumentaram para soja, mas caíram para milho, em menos 4 por cento com relação ao ano passado. Os relatórios de rendimento e o progresso da colheita serão observados atentamente quando os céus se abrirem”.  

Don Roose, presidente da U.S. Commodities, acrescenta que o carregamento de soja ainda é grande, mas a mudança pode ter pego compradores da China de surpresa. Em vez de fazer mais compras na baixa da colheita, eles agora estão correndo atrás para compensar.  

Diversos fatores levaram aos menores estoques finais de soja projetados pelo USDA para 2017-18. “Foi, em parte, porque a lavoura do ano passado foi superestimada em 11 milhões de bushels”, diz Roose. Exportações mais fortes e um esmagamento mais forte de soja ajudaram a reduzir os estoques finais nos EUA para 430 milhões de bushels.  

“Este número de 430 milhões de bushels em si não é tremendamente otimista”, ele afirma, mas parte da resposta otimista atual do mercado também é movida por uma noção de que o USDA pode reduzir novamente o rendimento da soja em seu relatório de novembro. “Há alguns temores de que o rendimento possa diminuir mais”.  

No fechamento, o mercado de futuros de milho para dezembro encerrou 3 centavos mais alto, a US$ 3,49, enquanto o de futuros para março terminou 3,25 centavos maior, a US$ 3,62 e 3/4.  

O mercado de futuros para soja em novembro encerrou 26,75 centavos mais alto, a US$ 9,92. Já o de futuros para soja em janeiro ficou 26,5 centavos mais alto, a US$ 10,02 e 1/2.  

Por sua vez, o de futuros para trigo em dezembro fechou 2 centavos e 3/4 menor, a US$ 4,30 e 1/2. Para farinha de soja, o mercado de futuros para dezembro terminou US$ 11,40 por tonelada curta mais alto, a US$ 326,30. Os futuros de óleo de soja para o mesmo mês encerraram US$ 0,13 mais altos, a 33,28 centavos por libra.  

Nos mercados externos, o mercado de petróleo bruto Brent está US$ 0,71 menor, o dólar morte-americano está mais alto e o Dow Jones Industrials está 21 pontos menor.

 

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