Usina Monteverde está quase pronta
Investimento de R$ 900 milhões projeta Ponta Porã na produção de biocombustíveis
PONTA PORÃ - O maior investimento industrial privado da história de Ponta Porã está bem perto de iniciar as atividades: a Usina Monteverde Agro-energética, controlada pela multinacional Bunge, deve iniciar a produção de etanol nos próximos dias. A indústria já realizou, nos últimos dias, vários testes, e os operários trabalham diuturnamente para finalizar a construção da usina.
São mais de 300 profissionais responsáveis pela montagem da usina que utilizará, de maneira inédita, a mais moderna tecnologia para a produção do etanol em Mato Grosso do Sul. Diferentemente das outras indústrias do estado, a Monteverde vai produzir álcool e açúcar sem a moagem tradicional da cana. A indústria vai utilizar uma nova tecnologia que consiste na substituição das moendas tradicionais pelo sistema conhecido por difusor.
São mais de 300 profissionais responsáveis pela montagem da usina que utilizará, de maneira inédita, a mais moderna tecnologia para a produção do etanol em Mato Grosso do Sul. Diferentemente das outras indústrias do estado, a Monteverde vai produzir álcool e açúcar sem a moagem tradicional da cana. A indústria vai utilizar uma nova tecnologia que consiste na substituição das moendas tradicionais pelo sistema conhecido por difusor.
A nova tecnologia tem uma manutenção simplificada e ainda proporciona mais economia no beneficiamento da cana. No Brasil, esta tecnologia será desenvolvida pela Dedini Industrias de Base. A patente é da Bosch Projects, da África do Sul.
A cana é preparada da mesma forma que se prepara para as moendas, mas ela não é moída, e sim, lavada constantemente até que todo o açúcar seja retirado.
A usina está sendo implantada por etapas. Nesta primeira fase, a indústria terá capacidade para transformar cerca de 1 milhão de toneladas de cana em etanol, o álcool combustível. Mas já existe um projeto em andamento prevendo a ampliação da unidade industrial.
No auge da produção, previsto para daqui a 3 anos, a Usina Monteverde Agro-energética terá capacidade para processar 4,5 milhões de toneladas de cana.
Nesta primeira etapa estão sendo investidos cerca de R$ 300 milhões. O investimento total previsto pela Bunge é de R$ 900 milhões.
Além do etanol, a usina também deverá produzir açúcar e energia elétrica. Aliás, a energia, gerada a partir do aproveitamento do bagaço da cana, já está sendo produzida de maneira experimental. Quando estiver em atividade, a usina não precisará comprar energia. Pelo contrário, terá excedente que poderá inclusive vender para a concessionária de Mato Grosso do Sul.
Um aspecto importante é com relação à colheita da cana. Havia a preocupação, por parte de alguns setores da sociedade, da utilização de mão-de-obra em grande escala. A Monteverde Agro-energética adquiriu máquinas colhedeiras novas. Elas, além de cortar a cana, também vão efetuar o plantio. Tecnologia de primeiro mundo.
Além do aproveitamento do bagaço da cana para a produção de energia elétrica, a usina também deverá aproveitar o material que sobrar do processo de industrialização do etanol. É a vinhaça ou vinhoto, que será utilizado como adubo nas lavouras de cana, cultivadas em torno da usina. Em torno da industria já existe uma área plantada de 5 mil hectares. A empresa está providenciando a implantação do equipamento que fará o trabalho de "irrigar" as plantas com o fertilizante líquido.