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Usina Santa Fé reduz gastos e desperdícios de produtos com o Programa de Aplicação Responsável

Projeto foi considerado um sucesso e nova fase do treinamento foi realizado em 2016


O programa é realizado sempre em meio à safra de abril a novembro, mas a ideia é expandi-lo para cerca de duas a três vezes por ano
 
Após a realização da primeira etapa do Programa de Aplicação Responsável da Dow AgroSciences em 2015, na Usina Santa Fé - localizada no município de Nova Europa, interior de São Paulo – o projeto foi considerado um sucesso e nova fase do treinamento foi realizado em 2016. Desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Botucatu, o intuito do programa é garantir a sustentabilidade do agronegócio, promovendo treinamentos para agricultores, técnicos e operadores de pulverizadores.
 
Hoje, com aproximadamente 2.400 funcionários, a Usina investe cada vez mais em tecnologia e treinamento. “Fomos apresentados ao Programa de Aplicação Responsável por meio do Representante Técnico de Vendas da Dow AgroSciences. Entre 2015 e 2016 treinamos mais de 50 colaboradores desta área na Usina”, explica Matheus Uzelotto, Coordenador de Produção Agrícolas da Usina Santa Fé.  
 
Uma vez em que colocaram em prática os conhecimentos adquiridos no treinamento, foi percebida a melhora na condução de lavouras de cana-de-açúcar. “O projeto fortalece o conceito que anteriormente não valorizávamos integralmente, além disso contribuiu fortemente com a qualidade da aplicação, promovendo ainda um impacto econômico de redução de gastos, justamente por não aplicarmos os produtos fora dos parâmetros considerados adequados”, complementa Matheus.
 
Para os agricultores, quando a aplicação acontece com dosagem superior ao recomendado, existe um desperdício dos produtos. E, quando a dose é menor, não existe um controle efetivo e o produto é reaplicado. “Fora isso, tivemos ganho na qualificação do operador, pois qualquer treinamento que oferecemos gera uma reciclagem e cumpre um papel pessoal do profissional, de cuidar melhor da máquina, de se preocupar mais com o equipamento e com a operação que está realizando”, reforça José Luis Moretti Junior, Analista de Tratos Culturais da Usina Santa Fé.
 
Com relação à eficiência do Programa de Aplicação Responsável, para ambos foi nítida a melhora no controle das plantas daninhas. “Quando os procedimentos de aplicação dos defensivos não saiam conforme o esperado, costumávamos jogar a culpa no herbicida ou outros fatores quando, na verdade, o que estava errada era a operação. Depois do treinamento, percebemos que os produtos realmente funcionam, desde que aplicados corretamente”, completa José Luis.
 
Os problemas de “deriva” (quando há vento e os defensivos são arrastados para cultivos vizinhos após a aplicação) também tiveram impactos reduzidos. “Se há menor deriva, há maior assertividade na aplicação dos fitossanitários, sem conflito com as plantações vizinhas, já que o produto pulverizado deve cair dentro da sua lavoura e no alvo”, explicam os agricultores.
 
Durante as etapas do curso, a demonstração do Simulador de Deriva apresentou, de forma prática e simples, a utilização da ponta de pulverização e tamanho de gotas em função das condições climáticas simuladas. “Todo o processo deixa a ‘teoria’ bastante ‘prática’ e com fácil entendimento. É diferente, no caso do simulador, quando você lida com profissionais da área que possuem Ensino Superior, comparado a pessoas que estão na operação. É simplista e didático na simulação da aplicação e de como mostrar o que é a deriva, a ponta que produz gota fina ou gota grossa. Com o Simulador a mudança é visível e eles entendem melhor o que é a deriva e a influência da gota no cultivo, e dependendo da condição climática é possível entender qual ponta deve utilizar para melhor aplicação”, conta Moretti.
 
A receptividade do Programa de Aplicação Responsável
Na Usina Santa Fé, após os treinamentos, a identificação de algum possível dano ficou mais rápida. Os operadores passaram a entender melhor o que acarreta o problema, o que pode ser feito para consertar o dano e o que, de fato, gera prejuízo para a empresa se a causa não for sanada em um bom momento.
 
Com a otimização de mão de obra e qualificação já percebidos nas etapas iniciais, existe um intuito de manter as pessoas que já passaram por um período de treinamento e reciclagem nas próximas fases. Na Usina Santa Fé, o Programa de Aplicação Responsável é realizado uma vez por ano, sempre em meio à safra de abril a novembro, mas a ideia é realizá-lo cerca de duas a três vezes por ano.
 
“O objetivo principal do Programa de Aplicação Responsável é realizar ações de extensão para apresentar aos produtores rurais os conceitos de boas práticas na aplicação de defensivos agrícolas, além de conscientizar e incentivar a adoção destas iniciativas, a fim de otimizar recursos, reduzir o impacto no meio ambiente e prover maior sustentabilidade para o agronegócio”, comenta a coordenadora de Boas Práticas Agrícolas da Dow AgroSciences, Ana Cristina Pinheiro.

Os responsáveis na Usina contam que as tecnologias utilizadas antes não prejudicaram a plantação. No entanto, também não ofereceram o retorno satisfatório esperado. Para ele toda tecnologia usada de forma correta chega para agregar. “Se a aplicação não for realizada corretamente, nenhuma tecnologia traz benefício. Já o novo treinamento oferecido pela Dow AgroSciences com a UNESP nos atendeu nisso”.
 
Benefícios e redução de custos
Dos principais impactos que sentiram após o novo método de aplicação dos defensivos na plantação, os profissionais explicam que houve boa redução de custos. Um dos principais motivos, foi por conseguirem verificar quais as pontas de pulverização estavam entupidas, desgastadas, gerando perda de produto e deriva. “Identificamos o problema e trocamos as pontas, deixando a máquina com aplicação homogênea, reduzindo o custo e perda do produto por deriva ou por não estar sendo aplicado. O processo como um todo facilitou a identificação destes problemas”, relatam os profissionais.
 
Após o treinamento, a redução de gastos e de desperdícios dos produtos, além da boa qualificação dos operadores, motivou o aumento no investimento da mão de obra e salário dos colaboradores. Os agricultores explicam que parte do dinheiro que a empresa deixou de perder com más aplicações foi repassado ao próprio operador, além da companhia reter lucro. Desta forma, a Usina passa a investir ainda mais em programas de treinamento e qualificação para os profissionais envolvidos em todo o processo.
 
Para os profissionais da Usina Santa Fé, os cursos aumentaram a consciência sobre responsabilidade dos operadores, que automaticamente realizam uma execução melhor e, por sua vez, a boa execução reverte em lucratividade para a empresa. “Todo o projeto de treinamento vem de encontro com a qualificação, e o investimento não é governamental, é a própria Usina que torna isso possível com a parceria da Dow AgroSciences que nos ofereceu este programa”, finalizam Moretti e Uzelotto.
 

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