Três usinas de prensagem de algodão que estão desativadas em Acopiara, no Ceará, podem ser adaptadas para a prensagem de mamona e produção do óleo com o qual é feito o biodiesel. Uma delas, a Indústria Acopiarense de Algodão, hoje de Óleos Vegetais, que possui seis prensas com capacidade para produção de 120 toneladas por dia, informa o empresário Ricardo Almeida.
A indústria produzia óleo de babaçu e algodão até 1970, mas as instalações elétricas, motores e equipamentos estão sendo conservadas em boas condições, disse ele.
O gerente de Agronegócio da Superintendência do Banco do Brasil, Eduardo Magalhães, informou que para a instituição o financiamento da mamona, do caju, mandioca e uva independe de zoneamento. O banco tanto financia a mamona ao pequeno produtor com linhas do Pronaf e Proger Rural como ao empresário como linhas da agricultura empresarial. Segundo ele, na safra 2002/03 o BB fechou 5 mil contratos no Ceará no valor de R$ 40 milhões e na safra 2003/04 realizou 30 mil contratos, financiando R$ 130 milhões.
O novo gerente do Banco do Nordeste em Iguatu, Raimundo Moreira de Almeida Neto, por sua vez, acrescentou que a instituição acredita no biodiesel, que chamou de petróleo verde, e conta com linhas de crédito do FNE Rural e Pronaf. Ele aconselhou os produtores a procurarem inovações tecnológicas e não ficarem reféns de uma só cultura.