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Usineiros temem destino da Vale do Rosário

A entrada do Bradesco despertou dúvida sobre o destino da Vale, porque o valor oferecido está acima do mercado


A participação do Bradesco na assembléia geral da Companhia Açucareira Vale do Rosário, terça-feira (13-02), em Ribeirão Preto (SP) surpreendeu o grupo de acionistas que tinham decidido vender suas ações na empresa, não mudou os seus planos. A direção da usina informou que 46% do capital social da empresa já haviam aderido à operação.

Significa que a parcela minoritária de acionistas, que não desejava ter o Grupo Cosan como sócio, exerceu o direito de compra das ações da Vale do Rosário. Os recursos para a operação foram bancados pelo Bradesco, que criou linha de financiamento num total de R$ 1,350 bilhão, que deve garantir a todos os acionistas que queiram exercer o direito de preferência os recursos necessários para adquirirem as ações daqueles que desejam se desfazer da participação pelo valor proposto pela Cosan.

A entrada do maior banco privado nacional, no entanto, despertou dúvida sobre o destino da Vale, porque o valor oferecido está acima do mercado. Ao tomarem recursos do Bradesco, os acionistas minoritários da Vale assumem uma dívida, cujo valor o mercado considera impagável. Caso o grupo não honre, terá de aceitar sócios, inclusive estrangeiros, o que é considerado um risco pelos usineiros, que temem a concorrência. O vice-presidente da Vale, Cícero Junqueira Franco, conta com novas para os próximos dias, informou.

Alguns acionistas, que não desejam se identificar, confirmaram ontem que aceitaram a oferta e já concretizaram a venda de suas ações ao grupo minoritário. "Só estou esperando compensar o cheque", exagerou um dos acionistas. Segundo informou, o objetivo de sair da sociedade foi alcançado, independentemente de que comprou suas ações.

Grupo francês

A Louis Dreyfus Commodities Bioenergia, empresa brasileira do grupo francês Louis Dreyfus, informou ontem que adquiriu as atividades de açúcar e álcool do Grupo Tavares de Melo. O negócio envolve a transferência em curto prazo das unidades produtoras Usina Estivas (RN), Agroindustrial Passa Tempo (MS) e Usina Maracaju (MS), além da destilaria autônoma de álcool Giasa (PB) e a Usina Esmeralda (MS).

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