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Uso de caixas plásticas higienizáveis será obrigatório na CeasaMinas

Medida se destina à produção de banana e tomate comercializada no entreposto


Medida se destina à produção de banana e tomate comercializada no entreposto

O uso de caixas plásticas higienizáveis para a comercialização de banana e tomate será obrigatório no entreposto de Contagem da CeasaMinas a partir do dia 12 de fevereiro. Os dois produtos respondem pela metade do volume mensal de três milhões de caixas de madeira circulantes no entreposto.


As caixas de madeira e papelão estarão autorizadas a circular apenas para o primeiro uso, quando novas, sendo proibida a reutilização destas embalagens, que devem ser substituídas pelas caixas plásticas. Segundo o superintendente de Gestão dos MLPs da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Lucas Scarascia, as embalagens plásticas foram introduzidas no entreposto de Contagem no segundo semestre do ano passado, no esquema de adesão voluntária do produtor.

“A partir do dia 12, a reutilização das caixas de madeira e papelão estará proibida para banana e tomate, e o uso de caixas plásticas será obrigatório para os dois produtos, permanecendo a adesão voluntária para as outras frutas e hortigranjeiros comercializados no entreposto”, explica. A fiscalização será feita pelos técnicos da CeasaMinas e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

O uso de embalagens para frutas e hortaliças in natura é regulamentado desde 2002 por Instrução Normativa Conjunta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

Vantagens

“A substituição das caixas de madeiras é uma mudança cultural muito grande no sistema de comercialização praticado há décadas, e estamos desenvolvendo um trabalho de conscientização junto aos produtores desde o ano passado”, afirma o superintendente da Seapa. Além de evitar a contaminação das lavouras pelo retorno de caixas de madeiras infestadas de agentes prejudiciais à saúde e garantir a qualidade dos produtos oferecidos à população, os produtores têm um ganho na relação custo/benefício, quando optam pelo recipiente de plático higienizável.

De acordo com o superintendente da Seapa, uma caixa de madeira nova custa aproximadamente R$ 2,40 e a de madeira usada R$ 1,30 com a durabilidade de apenas uma venda. Já a caixa plástica higienizável custa cerca de R$ 13 com durabilidade garantida pelos fabricantes homologados na CeasaMinas de, no mínimo, dois anos. “Isso dá um custo aproximado de R$ 0,50 por mês. E se levarmos em conta que a mesma caixa pode ser usada até três vezes ao mês, o custo cai para R$ 0,16 por operação. É um investimento que traz retorno para o produtor a médio e longo prazos”, afirma.


Outros benefícios da substituição são a diminuição das perdas no transporte da produção, facilidade de logística e a eliminação de um processo danoso ao meio-ambiente, uma vez que o descarte das caixas tradicionais é feito por meio da queima da madeira.

A higienização das caixas é feita pelo Banco de Caixas UAI, concessionária da CeasaMinas, que funciona dentro do entreposto de Contagem. O serviço é feito com a autorização do IMA, ao custo de R$ 0,38 por caixa. O laudo de higienização fornecido tem validade de 15 dias.

O sistema de caixas pláticas higienizáveis do entreposto de Contagem é o quarto a ser criado na estrutura de Centrais de Abastecimento do Estado, depois de ser implantado nas unidades de Uberlândia, Governador Valadares e Caratinga. O desafio em Contagem é maior por causa do volume de comercialização, que supera todos os outros entrepostos juntos. No ano passado, o movimento da unidade de Contagem foi de 2,36 milhões de toneladas de hortigranjeiros e a receita da ordem de R$ 3,86 milhões.

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