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Vacina contra aftosa mantida em temperatura inadequada perde a capacidade de imunização


Para imunizar o rebanho bovino contra a febre aftosa, o pecuarista precisa ter cuidado com o acondicionamento correto das vacinas. O fabricante recomenda que os frascos devem ser guardados numa temperatura entre 2ºC e 8ºC positivo. Caso ele não for mantido nestas condições de armazenamento, o material fica degradado e perde a capacidade de imunização.


A primeira fase da campanha de vacinação contra a doença teve início nesta quarta-feira (1) em Mato Grosso. Neste mês de maio todo o rebanho de bovinos e bubalinos de 0 a 24 meses deve ser protegido. De acordo com Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) estima-se que 12,5 milhões de cabeças sejam imunizadas nesta fase. Essa quantidade representa 42% do rebanho bovino total do estado, de 29,1 milhões de cabeças.

João de Freitas, um dos médicos veterinários do Indea, disse que as vacinas contra a aftosa devem seguir um padrão internacional de produção nos laboratórios. Outra característica é a garantia do frasco, explica o veterinário. "Todas as vacinas devem ter um selo holográfico que assegura a procedência do material. Ele é brilhante e fica colado no vidro". Esta é uma normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) N° 229, de 7 de dezembro de 1998, que estabelece a venda das vacinas somente com esta identificação.

O Indea assegura que as vacinas serão suficientes para a demanda de prevenção da doença em Mato Grosso. João conta no início de ano todos os estados fazem uma estimativa da quantidade de necessária para as duas campanhas do ano. Os dados são repassados ao Mapa e este por sua vez repassa a informação ao Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) que fabrica todo o material.


Prevenção na Bolívia

Desde 2010 o Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (Fesa-MT) realiza a doação de vacinas contra a aftosa para a Bolívia. O Fesa recebe a solicitação do Indea ou dos sindicatos rurais para a doação. O pedido é levado a conselho que decide se a ação vai ser feita ou não. Anteriormente a doação era realizada pelo Fundo Emergencial da Febre Aftosa.

O objetivo é fazer com que a região de fronteira com o Brasil seja imunizada para evitar com que o vírus entre no Brasil. O superintendente da Fesa, Juliano Latorraca Ponce, explica que este ano a pedido só foi feito nesta semana, por isso ainda não foi decido se o lote vai ser repassado. Se aprovado na semana que vem, cerca de 70 mil doses devem ser entregues aos sindicatos rurais das áreas de divisa e eles se responsabilizaram por fazer as entregas.

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