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Valmont vai instalar fábrica de pivôs de irrigação no Mato Grosso


A multinacional de origem americana Valmont, maior fabricante de equipamentos de irrigação do mundo, com faturamento mundial de US$ 350 milhões, pretende investir R$ 10 milhões na construção de sua segunda fábrica no Brasil. "Já nos decidimos pela construção, porém ainda não escolhemos a localização: Rondonópolis ou Cuiabá", diz Bernhard Kiep, diretor-presidente da Valmont no Brasil. "Pode levar semanas ou até meses para chegarmos a uma definição", afirma Kiep, que teve um encontro na segunda-feira com o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, para tratar do assunto.

Hoje o Brasil é o terceiro maior mercado da Valmont, atrás apenas de Estados Unidos e África. "O produtor do Mato Grosso produz uma ‘safrona’ e uma safrinha por ano, quando na realidade poderia produzir duas grandes safras", diz Kiep. Ele diz que a segunda safra, ou safrinha, é menor justamente pelo regime irregular de chuvas. "No Mato Grosso chove muito, mas não durante o desenvolvimento da safrinha de milho ou algodão. O pivô de irrigação ajuda a suprir essa falta de água", diz.

Retorno garantido

"Um agricultor que investe R$ 3 mil para plantar um hectare de algodão não se pode dar ao luxo de correr riscos desnecessários", afirma Kiep. O executivo, no entanto, não informa qual será a capacidade de produção da nova fábrica.

A irrigação pode ser feita por um pivô linear ou um central, que se movimenta como um compasso, em círculo. O linear custa entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil por hectare e o central, entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. "Pelos ganhos de produtividade, é um investimento que se paga em dois ou três anos", diz Kiep. Seus mercados-alvo são o Mato Grosso e o oeste da Bahia. A nova indústria deverá produzir esses equipamentos apenas sob encomenda.

O Brasil tem cerca de 10 mil pivôs em atividade, um número considerado excessivamente baixo. A Valmont prevê que o País tem potencial para consumir cerca de mil unidades por ano.

Água residual

A Valmont já começou os primeiros testes, no Brasil, para emprego de pivôs alimentados por água residual da suinocultura. Trata-se de água de esgoto que é tratada antes de ser usada. "Nos Estados Unidos, 25% das nossas vendas são de equipamentos abastecidos com água residual", explica Kiep. Esse sistema, que está sendo testado agora em Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais, resulta em economia de água. "Muito se fala da falta d""água no Brasil, mas a verdade é que o País não explora suas fontes de forma ecológica e correta", afirma. O objetivo é de, no futuro, vender o equipamento no Brasil.

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