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Valorização estimula cultura do girassol

Estado do MT apresentou incremento de 159% na área plantada entre 2005 e 2010


Mato Grosso é responsável por 59% da produção do girassol brasileiro. Esses dados foram registrados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) na safra 2009/2010. O crescimento da produção se deu nos últimos 5 anos. Na safra de 2005/2006 esse percentual era de apenas 26%. O Estado apresentou incremento de 159% na área plantada entre 2005 e 2010.


O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), César de Castro, diz que a cultura do girassol tem despertado interesse entre os produtores brasileiros e, especialmente, entre os mato-grossenses. O interesse acontece em função da valorização do produto no mercado e, também, pela possibilidade de uso do girassol como biodiesel. "Considerando que o rendimento médio é de 1.500kg/ha, a expectativa é que o Brasil produzirá cerca de 95 mil toneladas de grãos, nesta safra".

Além dos 2 cultivares indicados pelo Instituto Agronômico (IAC) há vários outro híbridos no mercado. O IAC Anhandy é recomendado para a produção de óleo e o IAC uruguai é recomendado para a alimentação de pássaros. Em Mato Grosso a maior produção de girassol está no Sul do Estado. A mistura do amarelo, marrom e verde transformam as lavouras de girassol em verdadeiras passagens.

Adubação é um dos pontos principais do manejo desta lavoura. Castro ressalta que a aplicação deve ser sempre muito bem feita. "É importante utilizar as técnicas de aplicação adequadas e quantidades necessárias de nutrientes. Devemos dar ênfase ao uso do boro que é bastante exigido pelo girassol".

Para o plantio do girassol, o terreno deve ser preparado com aração profunda, ou seja com 25 a 30 centímetro e gradeações. Essas operações são efetuadas após a limpeza do terreno, quando ela é necessária. A ultima gradeação realizada pouco antes do plantio contribui para o controle das ervas daninhas. Após a última gradeação o terreno deverá estar livre de ervas, de torrões e com a sua superfície uniforme.


A principal doença da lavoura de girassol é a Mancha de Alternária, doença fúngica que caracteriza-se por pequenas pontuações necróticos de coloração castanha a negra, de forma arredondada ou angular, com cerca de 3 a 5 mm de extensão, e talo de cor amarela em torno da lesão. A ferrugem, outra doença fúngica cujo agente causal é o fungo Puccinia helianthi também já causou sérios prejuízos à produção de girassol.

A colheita pode ser totalmente mecanizada ou semi-mecanizada. Ela é realizada 100 a 130 dias após a emergência das plantas, quando o capitulo está com coloração castanha. O teor de umidade dos grãos para o armazenamento é de 11%, podendo o girassol ser colhido com 14% de umidade para posterior redução da umidade a 11%.

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