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Valtra inicia produção de colheitadeiras no RS

Com um investimento de US$ 5 milhões, a Valtra anunciou o lançamento de duas colheitadeiras com as quais pretende abocanhar 5% do mercado


Os agricultores interessados em atualizar seu parque de máquinas para a colheita da safra de inverno, têm, a partir de agora, duas novas opções. Com um investimento de US$ 5 milhões, a Valtra anunciou ontem (24-10) o lançamento das colheitadeiras BC7500 (axial) e da BC4500 (convencional), dois modelos com os quais a empresa pretende abocanhar 5% do mercado interno em um ano. As máquinas serão fabricadas em Santa Rosa, no mesmo espaço onde a Agco do Brasil produz as linhas Massey Ferguson. A parceria não surpreende porque, embora concorrentes, ambas as companhias são controladas pela Agco Corporation.

Para a montagem das máquinas, a Valtra vai ocupar até 30% do espaço do parque industrial da Agco, sem que fosse necessária a construção de novas instalações. "Conseguimos este incremento a partir de um processo desenvolvido desde 2004, que possibilita ganhos em produtividade na indústria a partir de melhorias no sistema de manufatura", disse o vice-presidente de operações comerciais da Agco para a América do Sul, Werner Santos. Com a alteração na planta, a capacidade instalada da unidade passa para 2.500 máquinas/ano. Os novos investimentos representam a criação de mais 150 empregos.

Santos preferiu não divulgar o valor das máquinas, apenas garantiu que elas serão vendidas a preço de mercado e que a iniciativa de ingressar nesse nicho se deveu a uma demanda crescente dos clientes. O projeto com vistas ao desenvolvimento de uma colheitadeira com a marca Valtra vem sendo implementado desde 2005, ano em que a empresa foi adquirida pela multinacional Agco Corporation. "Perdíamos o elo com o consumidor de tratores na época da colheita, pela falta deste produto em nossa carteira".

O vice-presidente destacou ainda as boas expectativas para o segmento de colheitadeiras no mercado nacional. O ano de 2007 deve fechar com a comercialização de até 2 mil unidades, número ainda muito inferior ao volume de 2004, que chegou a 5,5 mil. Ele indica possibilidades de crescimento, para 2008, entre 10% e 20%. "A renegociação das dívidas dos agricultores será determinante para esse crescimento, além disso, temos que ficar atentos para a questão cambial, que pode prejudicar a rentabilidade do produtor".

Os percentuais de participação de mercado das empresas de colheitadeiras sediadas no Brasil fecharam, até setembro deste ano, com 19,7% para a Massey Ferguson, 36,3% para a John Deere e 44% para a CNH (Case e New Holland).

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