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Variedade põe fim a um pesadelo no campo: a ferrugem asiática

Ferrugem tem atacado cada vez mais lavouras comerciais e pode acabar com cultivos inteiros


Com quase 40 casos de ferrugem asiática confirmados em lavouras comerciais de soja na região oeste e mais de uma centena em todo o Paraná na atual safra, a doença voltou a assustar os produtores rurais. O fungo que pode acabar com lavouras inteiras tem se proliferado com rapidez e costuma ser carregado pela deriva, facilitando assim que uma lavoura contagie a outra se ela não estiver devidamente protegida. Muitos produtores encerraram há poucos dias mais uma aplicação de fungicida, a terceira desde o início do ciclo, e mesmo assim ainda não se pode dimensionar o dano provocado pela doença.

Mas esse problema acaba de ganhar uma importante aliada. A Embrapa lançou uma nova cultivar que promete ser mais resistente ao fungo. Ela facilita a estratégia de manejo. A BRS 511 é uma cultivar de soja convencional que possui resistência genética à ferrugem da soja, proporcionando maior eficiência e segurança ao manejo químico da doença. A resistência genética à ferrugem não dispensa o controle químico, mas representa uma importante ferramenta para retardar o avanço da doença no campo.

No contexto da resistência genética, são consideradas resistentes as cultivares que apresentam lesões marrom-avermelhadas (RB, Reddish-Brown), semelhante à lesão de hipersensibilidade, com nenhuma ou pouca esporulação do fungo. Ao reduzir a multiplicação do fungo, retarda-se o avanço da doença, diferente da cultivar suscetível, que apresenta a lesão castanha. O uso de cultivares com essa característica, como a BRS 511, permite uma melhor convivência com a ferrugem asiática no campo, sendo uma ferramenta importante no manejo integrado da doença.

Além disso, técnicos reforçam que o vazio sanitário e estratégias como semeadura antecipada, uso de cultivares precoces, controle químico e cultivares resistentes constituem os principais pilares do manejo integrado da ferrugem asiática da soja no Brasil. Algumas características agronômicas podem apresentar variação com o ano, a região, o nível de fertilidade do solo e a época de semeadura. Consulte sempre um engenheiro agrônomo.

Essa solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições e está sendo apresentada durante o Show Rural, no Parque Tecnológico Coopavel, em Cascavel.

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