Vazio sanitário deve ser respeito para evitar registro da ferrugem asiática em Goiás
Período ocorre de 1º de julho a 30 de setembro
Agrolink
- Lucas Rivas
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) faz um alerta para que produtores respeitem o vazio sanitário da soja de 1º de julho a 30 de setembro, em todo o estado de Goiás, para evitar a proliferação da ferrugem asiática na soja.
O período de ausência total de plantas vivas, voluntárias ou cultivadas, no campo deve ser cumprido pelo produtor rural, o qual poderá ser penalizado e ainda comprometer a sanidade e a produtividade da cultura na próxima safra, ressalta o coordenador do Programa Estadual de Prevenção e Controle de Pragas em Soja da Agrodefesa, Mário Sérgio de Oliveira.
“O principal objetivo do vazio sanitário é o controle do fungo da ferrugem asiática da soja, mas este ano o sojicultor tem outros dois inimigos pela frente, a mosca branca e a lagarta Helicoverpa armigera, que também têm provocado perdas nas lavouras”, adverte.
A ferrugem asiática é uma praga específica da soja. Já a mosca branca e a helicoverpa atacam diversas culturas além da soja, como algodão, tomate e milho. Durante os 90 dias de vazio sanitário, o cultivo comercial da soja estará proibido. Fiscalizações serão realizadas no campo durante o período. Caso a medida não seja respeita, multas de até R$ 50 mil serão aplicadas.
Ferrugem asiática
A doença é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, sendo, hoje, uma das doenças que mais têm preocupado os produtores de soja. O seu principal dano é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com consequente redução da produtividade. Os danos podem chegar a cerca de 70%. A disseminação do fungo é feita, principalmente, pelo vento e sua sobrevivência depende de plantas vivas hospedeiras que podem ser a própria soja, ou plantas daninhas.