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Veja como será a safra das culturas de inverno

Clima interferiu negativamente nas culturas. Aveia foi uma das mais afetadas.


Foto: Pixabay

O 2º levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta variação nas culturas de inverno em relação ao 1º levantamento. As culturas analisadas são trigo, aveia, canola, centeio, cevada e triticale.

Trigo

No trigo a safra estava prevista para 6,8 milhões de toneladas e deve fechar em 6,3 milhões. O clima foi o grande causador das perdas, especialmente no Rio Grande do Sul,com geadas tardias e seca no Sudeste. Até o final de outubro cerca de 80% da área estava colhida.

Aveia

Na aveia a safra também deve ser menor, passando de 997 mil toneladas para 839 mil toneladas. Em Mato Grosso do Sul, as condições climáticas oscilaram ao longo do ciclo, apresentando registros de geadas e ventos fortes, provocando acamamento em certas lavouras no estado. No Paraná e no Rio Grande do Sul, a colheita está em fase avançada, com previsão de finalização agora em novembro, mesmo com os efeitos negativos decorrentes da ocorrência de estiagem

Embora a aveia seja relativamente mais rústica que outras culturas de inverno a intempéries, como as ocorridas nesta safra, a cultura foi atingida num momento em que a maior parte das lavouras estavam em estádios críticos. Isso não causou problemas somente na produtividade, mas também na qualidade do produto colhido, que tem boa parte direcionada à fabricação de ração animal.

Canola

Na canola a queda foi de 44 mil toneladas para 33,9 ou cerca de 30% em relação à safra passada. O clima também foi o vilão. Nos dois estados produtores, Paraná e Rio Grande do Sul, houve geada tardia que pegou na floração e enchimento de grãos e causou perda de até metade do potencial produtivo. Além da quantidade a qualidade também foi afetada, depreciando a carga.

Centeio

O centeio teve uma pequena redução, de 11,3 mil toneladas para 10,2 mil toneladas. A cultura também é plantada somente no Paraná e Rio Grande do Sul. A colheita está em andamento, uma vez que a produtividade dessas primeiras lavouras colhidas está um pouco abaixo da expectativa inicial devido à severa estiagem que ocorreu ao longo do ciclo da cultura. A redução do rendimento deste cereal não é tão expressiva quanto aos outros cereais de inverno porque é uma cultura mais tolerante a climas secos.

Cevada

Na cevada queda de 403 mil toneladas para 369 mil toneladas. O cereal é plantado nos três estados do Sul. No Paraná, a colheita já iniciou, e as lavouras estão, em sua maioria, em boas condições apesar das chuvas irregulares a partir de agosto e geadas fracas, mas sem prejuízo em alta escala. Quase toda a produção no estado é aproveitada pelas maltarias.

Em Santa Catarina, a colheita está em andamento, chegando a 15% da área até o fim de outubro. As demais lavouras estão em fase de maturação, com previsão de serem colhidas ainda em novembro. A qualidade do produto tem sido boa.

No Rio Grande do Sul, o clima favoreceu a colheita da cevada, com registro de dias quentes e secos. Por outro lado, como houve escassez de chuvas desde setembro, coincidindo com o período de enchimento de grãos de mais de 80% dá área do estado, são registradas perdas de potencial produtivo da cultura. As geadas de agosto causaram relativamente menos danos que nas demais culturas de inverno, mas, mesmo assim, é possível atribuir de 10% a 20% de redução do potencial a esta ocorrência. 

Triticale

Por fim, no triticale, a estimativa caiu de 47 para 44,7 mil toneladas. A cultura é plantada no Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Em terras paranaenses produtividade média, até o momento, está aquém da esperada, mas ainda é superior àquela visualizada no ano passado. O estado é o maior produtor, com cerca de metade do total. 

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