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Venda chega a 23% da safra com aumento no valor pago

Segundo levantamento da Afubra, preço aos produtores está, na média, em R$ 9,37 o quilo. No ciclo passado foi de R$ 8,77



Levantamento realizado pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) mostra que, até o último sábado, a comercialização do tabaco da safra 2017/2018 atingiu 23% da produção estimada (685 mil toneladas) para os três estados do Sul. O percentual é semelhante ao registrado em igual período do ano passado, que foi de 24%. Para o gerente técnico da Afubra, Paulo Vicente Ogliari, a semelhança ocorre porque, a exemplo da safra passada, a atual também ocorreu sem maiores incidentes, tomando-se por base todo o Sul do País.

Nas regiões do Vale do Rio Pardo e Centro-Serra, a venda de tabaco para as indústrias também abrange 23% da produção. A comercialização está mais adiantada no litoral de Santa Catarina, chegando a 75%. Já na região Sul gaúcha, está mais atrasada, abrangendo apenas 3%. Ogliari explica que essa é a área onde o plantio se inicia mais  tarde, entre outubro e novembro. Já no litoral catarinense, região de Araranguá, os agricultores começam a plantar mais cedo e de forma escalonada para melhor aproveitamento das estufas e da mão de obra.

Já a colheita está praticamente concluída no Sul do País. Até o último sábado, 98% do tabaco da safra atual já tinha sido retirado das lavouras dos três estados. Faltava colher apenas 3% da produção da região de Irati, no Paraná, e 5% da safra entre Canguçu e São Lourenço do Sul, na região Sul gaúcha.

A média de preço pago aos produtores na comercialização do ciclo atual está melhor que a verificada no ano passado. Paulo Vicente Ogliari diz que pesquisa parcial realizada no volume já vendido às indústrias  mostra que o preço médio pago pelo quilo do tabaco está em R$ 9,37, enquanto em 2017 foi de R$ 8,77.

Qualidade

Na avaliação do presidente da Afubra, Benício Werner, a qualidade do tabaco produzido na safra 2017/2018 no Sul brasileiro, no geral, é muito boa. A exceção ocorre na região Sul gaúcha, onde, por causa do clima, é de regular para boa. “A seca prejudicou uma parte da produção entre Canguçu e São Lourenço do Sul, mas no geral a produção é de boa qualidade, o que se nota na média de preço que está sendo praticada”, frisa Werner.

O presidente da Afubra destaca que a Souza Cruz fez acordo com as entidades representativas dos produtores e aumentou a tabela de preços para essa safra em 2,2%. As demais empresas, considerando as 41 classes, não chegaram a esse percentual. No entanto, a comercialização está mostrando um aumento médio de 6,8% sobre os preços praticados na safra passada, o que é um indicativo de que a qualidade desta safra é superior à do ciclo anterior.  “Todas as empresas estão pagando mais do que o concedido na tabela de preços.”

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