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Venda de glifosato sobe na França, mesmo com esforço contra

Ministro garante proibição do pesticida


Foto: Marcel Oliveira

Apesar da campanha da França contra o glifosato e um plano para bani-lo na maioria das práticas agrícolas até o final de 2020, a venda do “matador de ervas daninhas” mais comumente usado no mundo subiu 10% no país em 2018. Além disso, esse fato está colocando em dúvida a viabilidade do plano da França de reduzir pela metade o uso de pesticidas até 2025, mesmo que o ministro da Agricultura, Didier Guillaume, tenha procurado recentemente “tranquilizar o público sobre o glifosato”. 

"Os compromissos assumidos pelo presidente serão mantidos [...] o glifosato será banido para a maioria dos usos até o final de 2020", disse Guillaume em audiência na Assembleia Nacional em 9 de janeiro. 

Mas a questão dos casos em que a proibição do uso de glifosato permanecerá impossível devido à falta de soluções alternativas ainda não foi resolvida. A lista de exceções deve ser divulgada até junho de 2020. 

Outra preocupação em relação ao projeto de “sem glifosato” é a falta de alinhamento com outros países europeus, cujo cronograma para a eliminação progressiva do glifosato não é limitado, uma vez que a autorização da substância no nível da União Europeia foi estendida até 2022. "Se dissermos que o glifosato deve ser banido até o final do ano, não será em outros países [...] Temos um problema de concorrência desleal nos Estados-membros", reconheceu o ministro. 

A questão da existência de uma alternativa barata e eficaz ao glifosato no mercado esquentou na comunidade agrícola. Bob Reiter, funcionário de alto escalão da Bayer, que agora produz glifosato após a compra da Monsanto, disse que nenhuma alternativa ao glifosato aparecerá "magicamente" no mercado nos próximos cinco anos. 

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