A Syngenta, a maior fabricante mundial de produtos químicos para a lavoura, reduziu suas perdas no segundo semestre de 2003, porque a demanda de herbicidas se fortaleceu na América Latina. O prejuízo caiu de US$ 355 milhões no mesmo período de 2002, para US$ 200 milhões. As vendas subiram 7,8% para US$ 2,47 bilhões. A empresa sediada em Basiléia, Suíça, divulgou os resultados para o ano todo, e a "Bloomberg" calculou os números do segundo semestre subtraindo o valor referente ao primeiro semestre.
O principal executivo da Syngenta, Michael Pragnell, tenta recuperar os lucros desfazendo-se dos produtos menos rentáveis e introduzindo novos produtos e cortando os custos. A companhia espera economizar US$ 625 milhões em 2004, um ano antes do planejado, e proporcionar aos acionistas um retorno de US$ 800 milhões mediante uma política de dividendos e um programa de recompra de ações nos próximos três anos.
"Podemos ver que sinais de estabilização e confiança estão voltando no mercado", afirmou. "Parece melhor do que um ano atrás", disse. Pragnell disse que espera um crescimento anual composto dos lucros por ação perto de 20% até 2006 e planeja economizar mais US$ 300 milhões até 2008. A companhia vem reestruturando suas operações desde que foi constituída, no final de 2000, mediante a fusão das operações de produtos químicos agrícolas da AstraZeneca e as da Novartis.
A Syngenta informou que interromperá as atividades de produção de sua fábrica em Schweitzerhalle, na Suíça, eliminando 127 empregos. A companhia cortou cerca de 3.600 desde a fusão. As ações da Syngenta subiram US$ 1,09, ou 1,5%, para US$ 72,25 na metade do pregão de ontem em Zurique. Os papéis da empresa tiveram uma valorização de 13% nos últimos 12 meses, menos do que o ganho médio de 23% do Índice da Indústria Química para a Europa da Bloomberg de 15 componentes.