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Venda de máquinas dão salto e surpreendem revendas em MT

O comércio toma novo fôlego na região Norte e faltam colheitadeiras e tratores


O mês passado e este início de ano estão sendo marcados pelo aquecimento do segmento de revenda de máquinas agrícola em Sinop (503 quilômetros ao Norte de Cuiabá), em Mato Grosso. A procura por colheitadeiras, principalmente, fugiu da expectativa das concessionárias que estão deixando de vender por falta de maquinários à pronta entrega, reflexo da inércia a qual o segmento esteve inserido durante dois anos seguidos.

De acordo com o gerente de vendas da New Holland Amazônia Máquinas, Carlos Ney da Costa, das dez colheitadeiras que a concessionária tinha no estoque todas já foram vendidas e todos os dias os produtores da região procuram constantemente a empresa na tentativa de comprar um maquinário. “Se tivéssemos mais equipamentos teríamos vendido mais ainda”, lamenta.

Ney explica que a montadora da New Holland foi pega de surpresa por essa demanda desenfreada. Segundo ele, a fábrica produziu um número “x” de maquinários e dispensou todos os trabalhadores para período de férias coletivas, por isso não há nem a viabilidade de fazer encomendas, já que a montadora retoma os trabalhos somente em fevereiro. “A montadora não esperava essa procura toda e agora estamos sem máquinas para vender”, revelou.

O consultor de vendas da Agrobaggio John Deere, Agostinho Camatti, disse que a fábrica montou “apenas” 300 colheitadeiras para serem distribuídas para todo o Brasil e as que cabiam a empresa de Sinop já foram vendidas durante dezembro do ano passado e janeiro deste ano. “A montadora não fabrica maquinário para ficar no estoque, pois tem um custo muito caro estocar uma máquina grande, ela só trabalha por encomenda. E fomos pego de surpresa com essa procura”, explicou.

Camatti, a concessionária e a montadora da John Deere estão apostando que esse ano será de recuperação para o setor de venda de maquinários agrícolas. “Não será um ano de ganhar dinheiro, mas de recuperar as perdas do ano passado. A fábrica da Jhon Deere está apostando no mercado, tanto que está abrindo mais uma montadora no Rio Grande do Sul”, prospera.

O mesmo espera Ney e a concessionária da New Holland em Sinop. Ele acredita que esse ano será propício para a recuperação do setor que sofreu nos últimos dois anos. “Várias situações estão contribuindo para esse aquecimento, a soja estabilizada com um bom preço, por exemplo. Isso dá um novo fôlego para os produtores e para o comércio”, finaliza.

A recuperação do mercado é bem-vinda, pois segundo o mercado revendedor de máquinas agrícolas, Sinop foi o mais afetado durante a crise, em todo Norte mato-grossense.

A cidade de Sinop fundada em 1974, sempre teve sua economia baseada na extração e comércio de madeira. Com a retirada desse produto muitas propriedades acabaram se tornando um grande campo. Para não perder a fonte de renda, muitos proprietários rurais decidiram fazer do chão que antes havia madeira uma plantação de grãos. Por isso, a atividade agrícola local, é considerada como recente, em comparação a outras cidade vizinhas.

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