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Venda de sêmen bovino é recorde

As raças mais utilizadas são nelore e angus


Os números da comercialização de sêmen bovino (de corte e leite) de 2010, anunciados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), trazem a constatação positiva de que os pecuaristas estão se empenhado cada vez mais para melhorar sua base genética. As 2 raças bovinas mais utilizadas pelos produtores no país são o nelore, que continua na liderança com cerca de 2,9 milhões de doses ou perto de 30% de todo o volume de sêmen (10,45 milhões de doses). Na segunda posição vem o angus, com 17,2% do total. Brahman, guzerá, hereford, simental, senepol, tabapuã e braford também aparecem de forma expressiva no levantamento.


Segundo especialistas, a disputa por espaço e pela liderança no mercado de genética bovina no país deve crescer ainda mais este ano. Em apenas 3 meses, o setor anunciou um novo recorde na vendas de sêmen, viu uma multinacional ampliar a presença no Brasil e sinalizou que a briga pelo mercado tende a se acirrar ainda mais. Até o fim de 2010, as 2 maiores centrais de inseminação artificial instaladas no Brasil tinham juntas mais de 50% do mercado. Dados da Asbia mostram que no ano passado foram comercializadas 10,4 milhões de doses de sêmen, sendo que a canadense Alta Genetics e a belgo-holandesa CRV ocuparam, respectivamente, o primeiro e o segundo lugares no ranking.

Com objetivo de chegar ao posto mais alto do pódio, a Alta Genetics vai colocar no mercado um projeto para venda de embriões. A empresa fechou parceria com criadores que fornecerão a genética de fêmeas. Os óvulos receberão o sêmen dos touros da central e os embriões serão transferidos para vacas receptoras, fornecidas pelos interessados no produto.

De acordo com o presidente da Alta Genetics no Brasil, Heverardo Carvalho trata-se de um produto novo que vai contribuir para elevar faturamento da empresa, que no ano passado foi de pouco mais de R$ 50 milhões. Segundo ele, a expectativa da empresa é crescer cerca de 20% em 2011, com a nova área de atuação mas, principalmente em função do aumento das vendas de sêmen.


De acordo com Maurício Tonhá, proprietário da Estância Bahia, que realizou o maior leilão do mundo no último final de semana, no município de Água Boa, a 730 km de Cuiabá, um dos pontos positivos para o mercado de leilões é o melhoramento da genética que está ocorrendo em todo o Mato Grosso. Na região de Água Boa, por exemplo, este trabalho é feito há mais de 20 anos e a evolução do rebanho bovino está ainda mais adiantada.

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