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Venda de sementes ilegais movimenta US$ 685 milhões


A área plantada com sementes ilegais nas culturas de soja, milho, algodão, arroz e trigo aumentou 65,3% na safra 2003/04, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem). A área ocupada com sementes piratas nessas culturas passou de 7,65 milhões de hectares - ou 20% da área ocupada por essas culturas - em 2002/03 para 12,64 milhões (30% da área total plantada no período). Em receita, as indústrias de sementes alegam que deixaram de ganhar US$ 685 milhões em 2003/04 com sementes pirateadas. Neste ano, o setor espera faturar até R$ 5 bilhões, contra R$ 5,3 bilhões em 2003. O levantamento inclui sementes multiplicadas ilegalmente, transgênicas e contrabandeadas.


A maior perda é verificada na soja. Se fosse legalizada, a área plantada com sementes piratas poderia ter gerado US$ 348 milhões adicionais às sementeiras, segundo a Abrasem; em 2003, as ilegais renderam US$ 200 milhões. Ivo Carraro, diretor de pesquisa e produção da Abrasem e presidente da Associação Brasileira dos Obtentores Vegetais (Braspov), disse que a área de soja ilegal passou de 15% para 35% do total em 2003/04, de 2,8 milhões para 7,4 milhões de hectares. O incremento inclui a área do grão transgênico, concentrado no Rio Grande do Sul.

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