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Venda imediata do milho ainda recupera custos

Para quem colhe apenas 80 sacas por hectare, ainda há um lucro aproximado de 5,85% no RS e PR


Os preços do milho voltaram a derreter nos últimos 15 dias pressionados pela colheita, de um lado, e pelo fim da demanda de exportação, de outro. É o que aponta a T&F Consultoria Agroeconômica ao lembrar que já recomendava aproveitar as cotações mais altas para vendas durante toda a segunda quinzena de fevereiro e primeira de março. 

“Os preços ainda são considerados altos por nós, pois as possibilidades são de mais pressão no segundo semestre, se for confirmada a redução das exportações, que passariam de 31 milhões de toneladas para 28 milhões de toneladas, segundo a ANEC, elevando os estoques finais e dando tranquilidade aos compradores, que não precisariam disputar matéria prima”, explica o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F. 

A recomendação do especialista, portanto, seria de vender mais alguns lotes nos preços atuais. Isso porque as cotações de hoje pelo menos recuperam o custo operacional, que estaria por volta de R$ 32,12/saca, segundo o Deral (Departamento de Economia Rural do Paraná), para quem colhe apenas 80 sacas por hectare, gerando um lucro aproximado de 5,85% no Rio Grande do Sul e de 2,73% no Paraná.

DEMANDA MUDIAL

Segundo analistas, um acordo comercial deve resultar em forte aumento da demanda chinesa pelo grão norte-americano. Craig Turner, da Daniels Trading, acredita que o país asiático pode comprar cerca de 12 milhões de toneladas de milho dos EUA por ano. Se um acordo for anunciado, o país asiático pode começar a comprar em breve grandes quantidades de milho norte-americano. 

“Eu preferiria estar comprado do que vendido neste momento”, disse Turner. Ele estima que a China pode adquirir cerca de 12 milhões de toneladas de milho dos EUA por ano se houver acordo, o que reduziria significativamente os estoques norte-americanos do grão. Mas são apenas expectativas, que alimentam levemente o mercado, enquanto as confirmações não chegam.

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