Vendas de fertilizantes sobem 10,4% com safra 2016/17
Resultado, porém, ainda não chegou ao patamar de 2014
As entregas de fertilizantes ao consumidor final totalizaram 16.528 mil toneladas nos sete primeiros meses de 2016, de acordo com dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA) aponta a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O resultado representa aumento de 10,4%, em relação ao mesmo período de 2015, quando haviam sido entregues 14.970 mil toneladas no mesmo período.
De acordo com instituição, a expansão é explicada pela melhora nos preços das commodities na Bolsa de Valores (particularmente o milho e soja) e ao clima predominante ao longo do primeiro semestre de 2016, que induziu a aceleração dos pedidos por parte dos agricultores. A recuperação da cotação do Real frente ao Dólar não chegou a provocar adiamento das compras.
Também contribuiu para o cenário positivo o aumento nos preços recebidos pelos agricultores de soja e milho, bem como de cana-de-açúcar, café e laranja. “Ainda assim, apesar dessa expansão registrada nos sete últimos meses, as entregas ainda se situam ligeiramente abaixo das contabilizadas no mesmo período de 2014”, aponta o IEA.
“Em que pese todo o dinamismo do agronegócio brasileiro, a incerteza quanto aos rumos de nossa economia brasileira e de seu contexto político imprimem desaceleração do investimento produtivo, de tal modo que não se vislumbra forte expansão da área cultivada, especialmente, com grãos. O movimento de antecipação de compras, associado ao razoável patamar para a relação de troca entre fertilizantes e as principais commodities, permite que se estime expansão das entregas em 2016 frente a 2015. A quantidade de fertilizantes entregues deve retornar ao patamar das 32 milhões de t, ou seja, incremento entre 4% e 5%”, analisa o diretor do IEA, pesquisador Celso Luis Rodrigues Vegro.
