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Vendas externas de suco vão atingir US$ 1,2 bilhão


O Brasil deve encerrar 2004 com exportações de suco de laranja de US$ 1,2 bilhão, praticamente o mesmo volume apurado no ano passado, prevê a Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus). Neste ano, até outubro, os embarques foram de 1,07 milhão de toneladas, volume cerca de 1% maior que as 1,08 milhão de toneladas exportadas em igual período do ano passado.

De acordo com Ademerval Garcia, presidente da entidade, a quebra da safra americana não beneficiou nem deve alavancar as vendas externas brasileiras no curto e médio prazo.

"Apesar da quebra da safra americana, provocada pelos furacões na Flórida, os estoques de suco estão em níveis elevadíssimos e devem ajudar a compor a oferta", diz Garcia. Os EUA, que esperavam colher 230 milhões de caixas de laranja em 2004/05, vão produzir 25% menos, ou seja, 175 milhões de caixas, a menor safra dos últimos tempos. "Os furacões causaram mais perdas que qualquer geada que já tenha atingido a região", diz. "A quebra foi equivalente a 200 mil toneladas de suco, porém os estoques americanos são o dobro disso"."Se em 2005/06 os EUA colherem uma outra safra de 175 milhões de caixas, isso vai reduzir o estoque deles a zero e no ano seguinte eles teriam que importar para atender a demanda. Porém acho difícil que isso aconteça", diz. Historicamente, os EUA importam apenas pequenas quantidades de suco do Brasil para utilizar na composição do "blend" do produto vendido no mercado interno.

O Brasil é responsável por 53% do mercado mundial de suco de laranja. O que poderia abrir mercados para o Brasil no futuro é a redução do potencial de produção da Flórida, em função das árvores arrancadas durante os furacões. Porém o governo americano não divulgou nenhuma estimativa sobre a quantidade de pomares perdidos na Flórida.

Doença do Greening:

A Abecitrus está alertando os produtores da região de Araraquara (SP) a arrancarem as árvores atacadas pela bactéria do greening. A doença, que fica incubada na árvore por dois anos, não tem cura e leva à morte das plantas em até seis anos. Em Araraquara, 20% dos talhões pesquisados estavam doentes.

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