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Vento norte e altas temperaturas provocam deslocamento dos gafanhotos

São cinco nuvens ativas (uma delas divida em duas) que colocam quatro províncias em situação de perigo


Foto: Pixabay

O vento norte e as temperaturas altas nos últimos dias têm provocado deslocamento significativos das nuvens de gafanhotos que circulam pelo norte da Argentina.

De acordo com as informações divulgadas pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), são quatro províncias (Formosa, Chaco, Salta e Santiago Del Estero) em situação de perigo pela presença da praga. Outras sete províncias aparecem em situação de ameaça, pelo risco de deslocamento das nuvens: Jujuy, Tucuman, Catamarca, La Rioja, Córdoba, Santa Fé e Entre Rios.

Os técnicos do Senasa seguem monitorando três nuvens em Salta, em regiões próximas às divisas com Formosa, Chaco e Santiago Del Estero. Outras duas nuvens seguem se deslocando em Santiago Del Estero – na verdade, são três grupos e insetos na província, já que os técnicos consideram que uma das nuvens se dividiu em duas.  Com o calor tornando as nuvens mais agitadas, os langosteros (como são chamados os técnicos, numa alusão à palavra espanhola para gafanhotos) estão tendo dificuldades em localizar pontos de pouso dos insetos a tempo de preparar operações de pulverização. Além disso, no último final de semana uma das nuvens chegou a se deslocar quase 250 quilômetros em três dias. 

Ja no Brasil segue valendo o alerta para enfrentamento da praga, caso as nuvens alterem o rumo de seu deslocamento. Mesmo com a nuvem mais próxima estando ainda a quase 600 quilômetros da fronteira gaúcha, também permanece a prontidão de cerca de 70 aviões oferecidos pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola para eventuais ações de combate à praga. Número que pode ser ampliado, já que o Estado conta com mais de 400 aeronaves agrícolas.

A nuvem que circulou em junho por Corrientes foi neutralizada no final de julho em Federaración, província de Entre Rios, na fronteira com o Uruguai. Após as pulverizações com tratores e avião, as ações ali seguem com extermínio de pequenos grupos de insetos desgarrados, mas sem risco para os produtores gaúchos. Mas todo plano no lado brasileiro ainda segue valendo pelos próximos meses.
 

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