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Veterinários debatem na Expointer bem estar animal dos equinos

Entidades de criadores realizam programas com regras de proteção aos animais participantes de modalidades equestres


Na Expointer, alguns dos eventos mais concorridos são as provas que envolvem o Cavalo Crioulo. Por conta disso, o Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS) promoveu encontro para tratar sobre o bem estar destes animais, além de bovinos, em feiras e exposições. A iniciativa ocorreu na manhã desta quinta-feira, 30 de agosto, na Casa do Médico Veterinário, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O painel sobre o assunto contou com a participação do superintendente de Serviço  de Registro Genealógico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Frederico Araújo, e de Carla Menger, representante da Secretaria da Agricultura do Estado, com mediação do diretor do Simvet/RS, João Júnior.

Segundo Araújo, para que o bem estar animal seja o melhor possível, a ABCCC estabeleceu uma série de regras que são seguidas com rigor, uma vez que a raça participa de cerca de mil eventos, por ano, em todo o país. É necessário atenção não só com a infraestrutura do local, mas também a dieta nutricional e as condições de resistência. “Os cuidados começam com a alimentação e as condições de sombra, até a quantidade de animais, pois existe um número mínimo de exemplares por modalidade e inscrição”, destaca.

O superintendente da ABCCC reforça que os responsáveis técnicos devem observar as entradas na pista, por exemplo, e ao final da prova a exaustão do animal. Isso garante a saúde e o bom resultado nas competições, por isso a quantidade de animais é importante além do manejo com relação aos bovinos. Já os equinos seguem o regulamento da Federação Equestre Internacional (FEI) que exige um responsável técnico habilitado para fazer a admissão veterinária dos animais, que realizam o Vet Check para o Freio de Ouro e a Morfologia. Durante as provas, Araújo reforça que não são admitidos nenhum incidente que provoque o aparecimento de sangue no corpo do cavalo. Mesmo um pequeno corte já é suficiente para o exemplar ser automaticamente desclassificado.

Para o representante da ABCCC, o interessante é que todos estes cuidados que são exigidos são informações que os criadores e participantes dos eventos levam para sua propriedade e viram prática. Desenvolvem um olhar de cuidado com seus parceiros de competição, diversão e lida campeira, virando cultura em diversas regiões. “Com o passar do tempo, a própria sociedade começa a exigir cuidados semelhantes de outras entidades e grupos, pois veem que é importante todo tipo de cuidado”, afirma.

Carla Menger, veterinária e analista agropecuária de florestal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, conta que grupos organizados da sociedade civil e a sociedade em geral, preocupada com o bem estar dos animais, vem, com o passar dos anos, cobrando do poder público políticas de proteção aos animais. “Há toda uma legislação que cerca as atividades que envolvem cavalos e bovinos, exigindo dos promotores de eventos e dos criadores a comprovação de certas práticas que tem como objetivo a saúde, o respeito e o bem estar geral. Hoje, os promotores de eventos devem garantir conforto e adequação nos eventos”, observa. A secretaria também faz a fiscalização e o controle destas exigências e tem o poder de interromper o evento se não segue as regras necessárias. “Todo o evento deve ter um responsável técnico preparado para a realização das competições”, completa. 

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