Viés é de queda no preço da soja no Brasil
A perspectiva do tempo “se inclina negativamente” para os preços
As cotações da soja tiveram na sexta-feira (15.12) mais um dia de baixas generalizadas dos preços no mercado físico do interior brasileiro, acompanhando o viés observado na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços desceram entre 0,20% a 0,26% no interior e 0,23% nos portos.
Segundo a T&F, o recuo do final da semana foi estimulado em parte pelas condições melhores da cultura da soja na Argentina. A perspectiva do tempo “se inclina negativamente” para os preços, disse Richard Feltes, da corretora RJ O'Brien, com a indicação de “chuvas argentinas melhores do que o esperado, com mais chegando”, embora observando que “os modelos discordam sobre a quantidade e os lugares para o início da próxima semana”, o que é como estão as perspectivas para o país.
FUNDAMENTOS
De acordo com os modelos climáticos do Sistema de Previsão Global (GFS, do NOAA) atualizados na tarde de sexta trazem índices pluviométricos mais baixos para a Argentina e o Sul do Brasil, na última semana de 2017: “Uma grande variação de leituras para o período de 25-31 de dezembro tem sido observada nestes recentes dias”, afirma a Consultoria AgResource.
“No entanto, nos próximos 5 dias, as chuvas continuam concentradas sobre as regiões Leste e Norte da Argentina e dispersas pelo Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. As precipitações mais pesadas para a Argentina deverão ser observadas na segunda-feira, 18. A ARC ressalta que o plantio da soja na Argentina se mostra nos níveis mais baixos da história. Tais chuvas da próxima semana são de extrema importância para a manutenção das estimativas de produtividade e para área total projetada de 18,8 milhões de hectares”, apontam.
