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Vitória de Tarso no RS ecoa no campo

Representantes do agronegócio esperam que a próxima gestão seja marcada por diálogo


Teve eco positivo no campo o tom conciliador do discurso do governador eleito Tarso Genro, que assumirá em janeiro. Representantes do agronegócio esperam que a próxima gestão seja marcada por diálogo, diferente do passado quando se proliferaram embates entre ruralistas e governantes petistas no Estado, especialmente em questões fundiárias. Embora de oposição a Tarso, a Farsul diz estar aberta ao diálogo. O presidente Carlos Sperotto, classificou de "mais apetecível" o discurso de Tarso, mas disse que é preciso ver o que acontecerá até o segundo turno das eleições para a Presidência da República, no próximo dia 31. "Vamos ver se, na prática, o conteúdo se confirma", alfinetou Sperotto.

O presidente da Fetag, Elton Weber, espera que Tarso implemente ações do plano de governo, como reforço da assistência técnica no campo e a criação da Secretaria de Cooperativismo e Desenvolvimento Rural. Ligada à CUT, a Fetraf-Sul acredita que se inicia um tempo de fortalecer no Estado a evolução obtida em nível federal nos últimos anos, diz o coordenador Celso Ludwig.

Ainda é cedo, mas já surgem especulações sobre quem será o secretário da Agricultura de Tarso Genro. Entre as suposições, cogita-se nomes como os dos deputados Ivar Pavan (PT), que não se elegeu à federal, Heitor Schuch (PSB), reeleito na AL e do partido do vice-governador eleito, Beto Grill; além de Elvino Bohn Gass (PT), eleito para Câmara Federal. Outras especulações referem-se à manutenção da Secretaria de Irrigação.

Representantes de cooperativas estão confiantes com a perspectiva de um governo de coalização. Segundo o presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, Tarso já esteve reunido com integrantes do sistema em duas oportunidades durante a campanha e conhece as principais necessidades do segmento.

O setor arrozeiro também aposta em evolução. O presidente da Federarroz, Renato Rocha, está confiante na adoção de uma linha de crédito por meio do Banrisul para financiar a compra de terras por produtores de arroz arrendatários, que hoje representam 60% dos 18 mil arrozeiros no Rio Grande do Sul. "Agora, é trabalhar para resolver problemas e gargalos que limitam o desenvolvimento do setor."

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