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Vitrine do Biomas Caatinga será em área com potencial econômico no Ceará

O local escolhido para vitrine do Biomas Caatinga fica na área de maior produção de leite do Ceará


A primeira reunião técnica de planejamento de ações do projeto Biomas na Caatinga começou nesta quarta-feira, em Fortaleza. Quarenta e cinco pesquisadores compartilham dúvidas e experiências para o desenvolvimento do Projeto Biomas, uma iniciativa da CNA e da EMBRAPA. Institutos de pesquisa e universidades federais participam da reunião com representantes da CNA, do SENAR, da EMBRAPA Florestas e da Embrapa Semi-árido.


A reunião foi aberta pelo Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará-FAEC, Flávio Saboya, que destacou a importância das parcerias para que projetos desse porte possam dar certo. Segundo Saboya, o local escolhido para vitrine do Biomas Caatinga fica na área de maior produção de leite do Ceará. “A região escolhida impacta não só pela beleza, mas pelo potencial econômico, como pelas condições de degradação. Como agrônomo eu tenho visto o quanto o ambiente da região da caatinga tem sido degradado ano a ano”, comentou. “Acredito que é uma área que tem condições de dar suporte econômico para o Brasil”.

É pensando nesse contexto nacional que os organizadores da reunião incluíram palestras dos coordenadores dos projetos Biomas Mata Atlântica e Biomas Cerrado na programação do encontro. Fabiana Ruas, coordenadora regional do Biomas Mata Atlântica, no Espírito Santo, e Felipe Ribeiro, coordenador regional do Biomas Cerrado, no Distrito Federal, compartilharam as experiências já vividas com seus respectivos projetos, ambos em andamento, ainda que em diferentes fases de execução.

As experiências vividas, tanto no Cerrado como na Mata Atlântica, destacam a importância do processo de educação e sensibilização do produtor rural. “A maneira de sensibilizar o produtor é tão fundamental quanto a pesquisa em si”, afirma Felipe Ribeiro do Projeto Biomas Cerrado. “A parceria estabelecida nesse projeto visa buscar soluções junto com o proprietário e não para o proprietário”, acrescenta o pesquisador da Embrapa.


A gestão participativa é uma das formas de trabalho almejadas, como um todo, nesse projeto. Durante sua palestra, o Coordenador Nacional do Projeto Biomas, Gustavo Ribas Curcio, destacou diversas vezes, aos participantes do evento, que é o grupo de pesquisadores que está sendo constituído quem vai tomar as decisões e determinar os próximos passos no levantamento de dados, planos de ação e experimentos. “É importante estabelecer uma metodologia similar de trabalho para os seis biomas, mas sempre levando em consideração as particularidades de cada um deles.”

A reunião prevê a formação de grupos de discussão sobre procedimentos de pesquisa e capacitação, assim como a organização de um comitê regional do Bioma Caatinga. Amanhã, os pesquisadores visitam a propriedade rural parceira onde os experimentos serão implantados.

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