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Vitrine tecnológica da Caatinga

Pesquisadores do Projeto Biomas visitam fazenda no interior do Ceará, onde será instalada a vitrine tecnológica da Caatinga


Pesquisadores do Projeto Biomas visitam fazenda no interior do Ceará, onde será instalada a vitrine tecnológica da Caatinga
Os pesquisadores do projeto Biomas, parceria da CNA com a EMBRAPA, visitaram uma propriedade rural em Ibaretama , a 42 quilômetros de Quixadá, no Ceará. A fazenda Triunfo é o local escolhido para a instalação da vitrine tecnológica, onde serão realizadas pesquisas sobre sistemas de preservação e produção. A fazenda atualmente produz feijão, milho,algodão, além da pecuária com bovinos e ovinos.

O grupo percorreu a fazenda procedendo a uma análise preliminar, levando em conta a especialidade de trabalho de cada um dos pesquisadores.
O proprietário da fazenda, Wellington Ribeiro Gomes, acompanhou o grupo durante toda a visita. Ele conversou com os especialistas sobre o histórico da região, ocorrência de chuvas, características do solo e das produções, assim como os problemas enfrentados. Wellington Gomes aproveitou a oportunidade para buscar solução para o alastramento de uma planta trepadeira que está matando as carnaúbas da fazenda. Além de outros motivos inerentes aos sistemas de produção, este foi um dos motivos que despertou em Wellington o interesse em participar do Projeto Biomas na Caatinga. Com a ajuda dos especialistas, ele espera livrar a região do problema. “Eu estou começando a entender melhor o projeto e espero que os experimentos acabem com as trepadeiras”, afirma.

A Cryptostegia grandiflora ou Cryptostegia madagascariensis , popularmente conhecida como Unha do Diabo é uma trepadeira que fica dominantemente ao lado dos espelhos de águas, encontra na carnaúba uma hospedeira ideal por causa do caule áspero da árvore. O alastramento da trepadeira foi observado pelos pesquisadores. “Ela assola e mata a carnaúba muito rapidamente”, explica Wellington.

Não é apenas a rapidez da ação da planta que preocupa, mas a área de invasão da planta no semiárido e, mais intensamente, no Ceará. “É preocupante. Se ela não for controlada pode provocar uma devastação semelhante ao que a vassoura de bruxa representou para o cacau”, alertou o ecólogo Arnóbio Cavalcante. Pesquisador do Ministério da Ciência e Tecnologia, Arnóbio trabalha atualmente no Instituto Nacional do Semiárido, em Campina Grande. Ele alerta que é preciso uma campanha em grande escala: “A ação de controle dessa invasora deve ser coletiva, como é feito com o controle do mosquito da dengue, por exemplo. Não adianta um proprietário fazer o controle da invasora e o vizinho não fazer o mesmo.”
O controle da Unha do Diabo é fundamental para os experimentos reservados para simular uma APP, Área de Proteção Ambiental, dentro da propriedade. É também um desafio para os pesquisadores. Mas a dimensão do problema só vai ficar mais clara à medida que o grupo responsável pela área fizer as reuniões e apresentar os diferentes projetos de pesquisa.

Assessoria de Comunicação do Sistema CNA/SENAR

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