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Volume de carne suína para exportação caiu

Cenário é desfavorável aos suinocultores que dependem do mercado doméstico


Cenário é desfavorável aos suinocultores que dependem do mercado doméstico

A queda do volume de carne suína para exportação tem afetado diretamente na disponibilidade interna de animais no mês de janeiro e fevereiro. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS) houve queda de 10,89% no comércio internacional, sendo comercializadas 34.809 toneladas. Em janeiro de 2010, os embarques foram de 39.062 toneladas. Esse cenário é desfavorável aos suinocultores que dependem do mercado doméstico brasileiro, pois o período já é conhecido pela baixa demanda, aliado a isso a presença de um número maior de carcaças disponibilizadas no mercado doméstico contribui para a redução das cotações.

Mas ainda assim, os valores de comercialização do quilo do suíno vivo estão nivelados aos operados no mesmo período do ano passo. Em São Paulo, por exemplo, a cotação atual, informada pela Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), é de R$ 2,40, o quilo do suíno vivo. No mesmo período de 2010, os suinocultores estavam comercializando a R$ 2,45. Segundo a entidade, os altos custos de produção com a elevação das sacas de milho e soja tem diminuído a rentabilidade do produtor. Para os frigoríficos do estado a demanda ainda está baixa, mas se espera uma recuperação em breve.

Os produtores do Mato Grosso também contam com a baixa demanda dos primeiros meses do ano, já característica do período. Segundo a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), os preços estão até 30% menores e o custo de produção segue elevado com a valorização do milho e do farelo de soja, principais itens da ração dos animais. Com uma despesa maior que o preço médio de venda os produtores reclamam de prejuízos e pretendem solicitar ao governo estadual a suspensão do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do preço de pauta, valor pelo qual o governo cobra o tributo. O incentivo seria até abril.

Mesmo com o cenário de aparente queda na demanda a expectativa é de aumento no consumo das proteínas em 2011, segundo pesquisa da Informa Economics FNP. Em 2010, o brasileiro consumiu 94 quilos de carne, um crescimento de 17,5% em relação ao consumo per capita de 80 quilos em 2001. Por ano, a taxa média de crescimento foi de 1,6% para todas as carnes. Os dados confirmam que a carne suína tem ganhado espaço na mesa do brasileiro no último ano. Ainda que o crescimento do consumo per capita de carne suína tenha sido modesto em dez anos, no ano passado, ficou em 14,8 quilos por habitante, segundo a mesma fonte.

Depoimentos

“O mercado internacional está demandando mais milho e farelo de soja e com isso a tendência é que o preço continue subindo. Na semana passada compramos milho por até R$ 22 a saca de 60 kg, sendo que ano passado era possível comprar R$ 15”
Custódio Rodrigues de Castro Júnior, secretário-executivo da ACRISMAT

“A perspectiva é que mercado realmente comece a aquecer no mês de março, já que ainda há o período do carnaval, onde o consumo é estável e os preços não tendem a aumentar. A partir daí, o mercado volta a reagir entrando na normalidade dos anos anteriores.”
Valdecir Luis Folador, presidente da ACSURS

Os preços se mantém estáveis com a queda do consumo se comparado os outros meses do ano. Mas acreditamos que o mercado venha a reagir já nas próximas semanas. Esperamos que o custo de produção normalize para o que produtor possa se manter na atividade.
Carlos Geesdorf, presidente da APS.
 

Cotações

Máx

SP

R$ 2,40

PR

R$ 2,35

SC

R$ 2,20

GO

R$ 2,75

RS

R$ 2,29

MG

R$ 2,60

DF

R$ 2,75

MS

R$ 2,20

MT

R$ 1,95

CE

R$ 4,00

As informações são da assessoria de imprensa da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos.

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