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Volume de negócios da Fenicafé supera os R$ 150 milhões

Maior feira da cafeicultura do país reuniu grandes nomes da cafeicultura em Araguari, no Triangulo Mineiro


Foto: Pixabay

Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) comemora o sucesso da Fenicafé – Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura, que se encerrou nesta quinta(07). Após dois anos interrompida devido à pandemia da Covid-19, a Fenicafé em seus 25 anos de realização apresentou o tema “A força da cafeicultura irrigada”.  Muitas novidades envolveram o evento deste ano, entre elas, é que a Feira é a primeira etapa da Café Agro – um evento que reúne café e leite em um só lugar.

O Café Agro é a junção da Fenicafé e da Expo Araguari. Depois deste encerramento, as comemorações ficam a cargo da Expo Araguari, que vai do dia 07 a 10 de abril, com muitos shows e apresentações. A 51ª Expo Araguari contará com a participação de artistas conceituados no cenário sertanejo.  A abertura, no dia 7, será animada pelas duplas Leo & Raphael e Dyogo & Deluca. O segundo dia do evento, 8, terá como atração os veteranos Di Paulo e Paulino. No sábado, é a vez da dupla Fernando & Sorocaba e, para fechar, domingo, a dupla George Henrique e Rodrigo, donos do hit “Vai lá em Casa Hoje”.

“Encerramos hoje a Fenicafé, mas a nossa missão continua. Estendemos por mais alguns dias com a Expo Araguari, agora na área de entretenimento. O Café Agro é a formação de uma família. Visitantes de mais de 150 cidades estiveram em Araguari, o que eleva muito o nome do nosso município”, afirma o prefeito Renato Carvalho.

A vice-prefeita de Araguari Maria Cecília Araújo também comemora o sucesso da Fenicafé e convida a todos para continuar no município durante os dias da Expo Araguari. “Nesta noite começamos o ciclo da Expo Araguari com atrações de renome da música brasileira, exposição agropecuária e rodeio”

A vice-prefeita lembra ainda do desafio da mudança do local de realização da feira, que este ano foi realizada no Parque de Exposições Ministro Rondon Pacheco. “Toda mudança gera ansiedade, mas vivemos um momento diferente. O resultado é sem dúvida muito positivo, tivemos uma expansão significativa da nossa área de exposição, o que agradou muito as empresas parceiras que vieram a Araguari para apresentar para os produtores seus produtos e serviços. Esperamos que no próximo ano mais empresas participem da Fenicafé e a torne ainda maior”.

Para Claudio Morales Garcia, presidente da ACA, 2022 foi um ano muito importante para a Fenicafé. “Não só porque comemoramos 25 anos de realização, mas porque enfrentamos o distanciamento social e fomos impedidos de nos encontrar nos dois anos anteriores”. Garcia destaca ainda o conteúdo técnico apresentado na Fenicafé. “O conhecimento técnico que a feira proporciona melhora não só a produtividade, como também a qualidade final do grão”.

Além de ser um polo de conhecimento e divulgação de novas técnicas, a Fenicafé também é uma vitrine de exposição de máquinas, implementos e ferramentas tecnológicas voltadas para a agricultura.  Sem contar que é um ótimo local para fazer negócios e consultar serviços. Empresas expositoras de todo Brasil trazem para Araguari o que há de mais moderno em se tratando de maquinários, implementos e fertilizantes. “Ainda temos que fazer um levantamento mais preciso, mas acreditamos que o volume de negócios realizado nesta edição tenha ultrapassado os 150 milhões”. 

 “Aqui, os expositores fazem o primeiro contato com os produtores. É uma maneira de mostrar seus produtos e como eles funcionam diretamente ao consumidor final. Normalmente a maioria dos negócios é fechado pós-evento”, detalha Maria Cecília, dizendo que a Feira é um elo direto entre fabricante e produtor.

Polêmicas – “A saída para uma política de preços justos na cafeicultura brasileira é a divulgação da previsão real da produção nacional”. É o que garante Roberto Santinato, da Santinato Cafés, durante debate na abertura da Fenicafé. Para ele, os cafeicultores deviam se unir, junto às entidades do setor, para garantir uma estimativa precisa das próximas safras. “Não podemos deixar nas mãos dos compradores essa intermediação”, afirma.

Nelson Carvalhaes, conselheiro do Cecafé, concorda. Para o especialista, os dados da previsão para a safra 2022/23 variam muito de uma instituição para outra. “Os números divulgados estão entre 47 a 65 mi de sacas. O que é uma diferença muito grande. Por isso, devemos investir pesado para saber com mais precisão o quanto vamos produzir na próxima safra e o quanto podemos exportar da nossa produção”, explica, dizendo que o Brasil mantém 40% do mercado global do produto.

Visita Ilustre – O encerramento da Fenicafé foi realizado com uma palestra do ex-ministro professor Alysson Paolinelli. O professor foi um dos indicados ao prêmio Nobel da Paz em 2021 pela contribuição e dedicação à agricultura tropical, segurança alimentar e sustentabilidade que as novas tecnologias trouxeram à produção de grãos no Cerrado brasileiro em larga escala. “Eu tinha que vir aqui hoje apenas para agradecer. Pelo que fizemos juntos e também pelo que fomos capazes de realizar na luta em prol da agricultura. Mas eu tenho que pedir mais. Não quero que essa juventude não tenha alternativa de ser feliz. Temos que tomar posição. O país é nosso. O Brasil tem que ser livre em sua capacidade de agir e ser livre na esperança de dias melhores”, discursou.   

“Ficamos muito felizes com mais uma edição da Fenicafé. Encerramos com a sensação de dever cumprido. Sem dúvida, a presença do ex-ministro professor Alysson Paolinelli, consagra essa realização. Ele trouxe para Araguari muito mais do que a sua experiência, mas uma lição de vida. Esta edição foi um desafio. Realizamos o evento em um novo local, com uma nova estrutura e com um novo formato, mas hoje, em seu encerramento, podemos comemorar o sucesso”.

A Fenicafé se divide em três partes: o 25º Encontro Nacional de Irrigação da Cafeicultura do Cerrado, 22º Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada e a 24ª Feira de Irrigação em Café do Brasil.

A feira é promovida pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) e a Federação dos Cafeicultores do Cerrado com apoio da Embrapa Café.

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