Milho sobe na B3 e em Chicago com apoio externo
Na B3, os fechamentos mostraram variações mistas

O milho encerrou a terça-feira em alta tanto na B3 quanto em Chicago, impulsionado pelo movimento de proteção dos fundos e pelo ritmo das exportações brasileiras. Segundo informações da TF Agroeconômica, as cotações futuras no mercado interno tiveram apoio nas valorizações externas, que acompanharam a alta de outras commodities do complexo grãos. Apesar da sustentação nos preços, o mercado físico segue travado, já que os produtores continuam resistentes em entregar grandes volumes, preferindo aguardar novas movimentações antes de avançar nas vendas.
Na B3, os fechamentos mostraram variações mistas: o contrato de novembro/25 encerrou o dia cotado a R$ 67,50, registrando alta de R$ 0,14 no dia, mas baixa acumulada de R$ 0,68 na semana. Já o contrato de janeiro/26 fechou a R$ 70,50, com ganho diário de R$ 0,05, porém queda de R$ 0,78 na semana. O vencimento de março/26 terminou o pregão a R$ 73,53, com avanço de R$ 0,59 no dia e ligeira baixa de R$ 0,01 no acumulado semanal. Esse movimento evidencia um mercado cauteloso, que busca equilíbrio entre a força externa e as resistências internas.
No campo das exportações, os embarques de setembro somam 3,05 milhões de toneladas até agora, o que corresponde a 47,57% do volume embarcado no mesmo período do ano passado. O ritmo está próximo ao de 2024, mas ainda insuficiente para destravar a comercialização doméstica. Enquanto isso, em Chicago, os contratos também fecharam em alta: dezembro avançou 1,48%, ou 6,25 cents, para US$ 429,50/bushel, enquanto março subiu 1,36%, ou 6,00 cents, para US$ 447,00/bushel.
O avanço nos preços refletiu compras de proteção por parte dos fundos, que buscam se resguardar de posições sobrevendidas antes da divulgação do relatório econômico dos Estados Unidos. Além disso, persiste a divergência entre as estimativas de mercado e as do USDA sobre a safra americana: todos concordam que será recorde, mas a diferença chega a até 8 milhões de toneladas, fator que mantém o mercado atento ao ritmo da colheita e aos próximos dados oficiais.