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Comunidades ribeirinhas da Amazônia receberão treinamento em avaliação de qualidade de água

Uma equipe de pesquisadores da Embrapa realizará avaliações de quantidade e qualidade da água em comunidades ribeirinhas de 5 regiões da Amazôni


Uma equipe de pesquisadores da Embrapa realizará avaliações de quantidade e qualidade da água em comunidades ribeirinhas de 5 regiões da Amazônia, (Mato Grosso, Rondônia, Acre, Pará e Maranhão), como também a valoração desses parâmetros, levando em conta a cobertura vegetal junto aos cursos d’água, uma vez que sua presença e densidade interferem de forma positiva no ambiente.

As atividades fazem parte do Projeto Fundo Amazônia "Construção do conhecimento e sistematização de experiências sobre valoração e pagamento por serviços ecossistêmicos e ambientais no contexto da agricultura familiar amazônica", dentro do Plano de Ação Quantificação e valoração de serviços de provisão de água em quantidade e qualidade sob a responsabilidade do pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Marco Gomes.

O pesquisador explica que "para a avaliação quantitativa, serão realizadas medições de vazão dos cursos d’água em seções (vertedouros) que permitem uma medição rápida e simples". A valoração levará em conta o custo de 1 metro cúbico de água provido pela bacia estudada durante o período de monitoramento de 1 ano, como também o custo evitado do tratamento desse mesmo volume de água destinado ao consumo humano.

No caso da avaliação qualitativa, os parâmetros as serem analisados incluem: oxigênio dissolvido, ortofosfato, nitrito, nitrato, amônia, nitrogênio total, turbidez e taxa de sedimentos em suspensão, monitorados também por 1 ano. Tais avaliações serão realizadas em campo, com o uso de kits, como os do tipo ecokits.

Essas avaliações serão acompanhadas por representantes das comunidades ribeirinhas (agricultores familiares), que serão treinados nos procedimentos realizados em campo.

O objetivo principal do trabalho, enfatiza Gomes, é conscientizar as comunidades da Amazônia sobre a necessidade de conservar a água, integrada ao uso da terra, visando a sua sustentabilidade econômica, ambiental e social.
Outro Plano de Ação refere-se à contribuição para a inovação: quantificação e valoração da perda de solo e aporte de sedimento em bacias hidrográficas com agricultura familiar e com cobertura florestal.

Verifica-se, portanto, que o mapeamento do uso, cobertura e ocupação das terras em bacias hidrográficas, é uma fase primordial dos trabalhos, pois revelará os diferentes padrões do mosaico de uso em cada microbacia, que assim permitirão não só a quantificação das perdas de solo e aporte de sedimento, mas também a sua valoração econômica.

No período de 22 à 30 de abril, os pesquisadores da Embrapa Territorial (Campinas, SP), Sérgio Tôsto e Carlos Quartaroli e o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Lauro Pereira, participaram de trabalhos de campo na bacia hidrográfica em Alta Floresta/MT, cujos resultados de identificação, caracterização e checagens de padrões de uso estão sendo processados.

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