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Senar atende 300 produtores na primeira fase do Programa Agronordeste

O objetivo é impulsionar o desenvolvimento econômico e social sustentável do meio rural na região Nordeste


Foto: Marcel Oliveira

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – já atendeu 300 produtores rurais na primeira etapa do Programa Agronordeste. Conduzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa –, com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA –, entre outras instituições, o programa tem o objetivo de impulsionar o desenvolvimento econômico e social sustentável do meio rural na região Nordeste.

O Agronordeste foi lançado no último mês de outubro e é voltado para pequenos e médios produtores que já comercializam parte de sua produção, mas ainda encontram dificuldades para expandir o negócio e gerar mais renda e emprego na região onde vivem. Os 300 produtores atendidos pelos técnicos de campo programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Senar Alagoas, nesta primeira fase do programa, estão em seis municípios: Estrela de Alagoas, Jaramataia, Olho D’Água das Flores, Major Izidoro, Delmiro Gouveia e Água Branca. O plano de ação tem duração de dois anos, com a meta de atingir positivamente 1.157 propriedades no estado.

Os técnicos de campo do Senar encontraram diversos problemas nas propriedades rurais, como pragas e doenças que estavam dizimando hortas na cidade de Olho D’água das Flores. “Alguns produtores tinham perdido praticamente 100% da produção. Com o auxílio dos técnicos, utilizando métodos simples, como armadilhas de casca de ovos, 60% da produção foi recuperada em um período de 20 dias”, observa a coordenadora de ATeG do Senar Alagoas, Luana Torres.

Já no município de Delmiro Gouveia, o principal problema era o baixo desenvolvimento das mudas, que, após três meses de trabalho intensivo dos técnicos de campo, começaram a se desenvolver de forma saudável. “Ter um técnico que possa tirar dúvidas do produtor rural e dar sugestões sobre sua propriedade e as atividades que ele desenvolve é a melhor coisa já aconteceu. Muitos produtores estão se sentindo mais seguros agora para produzir, aumentar e diversificar a produção”, avalia Sidney Rocha, supervisor de Assistência Técnica e Gerencial do Senar AL.

Avicultura e bovinocultura

A mudança no manejo das aves de postura também foi importante para que o valor nutricional dos ovos aumentasse. A reforma e limpeza dos galinheiros, detecção de aves com coriza, implementação de protocolos de vacinação e a aquisição de novas aves foram ações adotadas pelos produtores após o início das visitas e orientações dadas pelos técnicos de campo do Senar Alagoas.

O Programa Agronordeste também registra avanços para a bovinocultura de leite. “O cenário encontrado era a ausência de manejo sanitário, de linha de ordenha, de dados zootécnicos, de informações sobre custos de produção e algumas outras deficiências. Hoje, a realidade dessas propriedades é completamente diferente. Sistemas de ordenha, planejamento forrageiro, organização da dieta dos animais foram metodologias implementadas; testes para detectar mastite são aplicados nos animais e protocolos de sanidade animal fazem parte do manejo”, ressalta Luana Torres.

As anotações diárias em tabelas com indicadores de atividade e a coleta de indicadores técnicos são a estratégia para suprir a carência de dados existentes. Os dados coletados referem-se ao preço do leite, peso dos animais, porcentagem de sobras da alimentação do rebanho, venda ou compra de animais, entre outros indicadores.

Pandemia

As dificuldades enfrentadas por produtores e técnicos de campo no início do processo, em virtude da pandemia de covid-19, foram solucionadas com o uso de máscaras, álcool em gel, luvas e respeitando-se o distanciamento social. “Tomamos muitos cuidados. Quando algum técnico está com sintomas ou dificuldade de realizar o atendimento presencial, ele é realizado de forma virtual”, diz Sidney Rocha.

Para Luana Torres, os resultados alcançados já eram esperados no planejamento do programa, devido à competência, responsabilidade e compromisso de todos os envolvidos. “Os técnicos realizam atendimentos de forma personalizada, pois as propriedades assistidas possuem realidades diferentes. Outro fator importante foi a parceria dos municípios, houve a mobilização de algumas secretarias municipais de agricultura”, pontua a coordenadora de ATeG do Senar Alagoas.

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