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Embrapa orienta técnicos a combaterem inseto-praga no açaizeiro

Embrapa Amazônia Ocidental realizou esta semana curso no auditório da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas


Com o objetivo de orientar técnicos da fiscalização agropecuária e de assistência técnica quanto à identificação, ao monitoramento e controle de insetos-pragas encontrados em palmeiras de açaí (Euterpe oleracea Mart.), a Embrapa Amazônia Ocidental realizou esta semana curso no auditório da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas. O treinamento atendeu à solicitação de técnicos da extensão que atuam no município de Codajás, onde estão sendo encontrados os insetos Rhynchophorus palmarum L. e Metamasius hemipterus (L.), em açaizeiros.

Os insetos-praga podem afetar a produtividade da cultura do açaí, considerada de fundamental importância para o estado do Amazonas, cuja produção é a segunda maior do país, com participação de 30% (IBGE - PAM/2015). O município de Codajás é o maior produtor de açaí do Amazonas com predominância da espécie Euterpe precatoria Mart., de extrativismo, entretanto, nos últimos anos, observa-se um aumento das áreas com a espécie Euterpe oleracea Mart.(cultivada). 

Segundo o pesquisador, os insetos são comuns nas plantas de dendê, coqueiro, açaí, pupunha e nas palmeiras ornamentais, usadas como seus hospedeiros. As larvas de M. hemipterus se alimentam dos tecidos internos das plantas e fazem galerias tanto superficiais como profundas, danificando o estipe (caule). As larvas de R. palmarum se alimentam dos tecidos internos da coroa das plantas e ambas as espécies podem causar a morte das plantas pelas lesões produzidas.

Em geral, M. hemipterus está presente após o ataque de R. palmarum ou seguido de algum tipo de injúria mecânica (ferimento) efetuada no estipe (tronco). Além de causarem danos diretos, essas espécies também são vetores do nematoide Bursaphelenchus cocophilus (Cobb), agente causal da doença letal “anel-vermelho”.

Segundo Adauto, o controle utiliza-se o manejo integrado de pragas (MIP), composto por vários métodos e interações: químico, biológico, cultural e comportamental. O monitoramento é mediante acompanhamento, verificação da variação no número de indivíduos ao longo do tempo, bem como para definir as áreas críticas de um plantio, fundamental na implantação das técnicas que compõem a produção integrada, por promover a racionalização do controle de insetos, além de ser informação relevante para a administração das medidas de controle.

Presentes na abertura do curso, Luiz Antonio, chefe do departamento de Defesa Agropecuária e Agroflorestal do Estado do Amazonas e o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Amazônia Ocidental, Marcos Vinícius Garcia, falaram da importância do curso. 

Garcia considerou importante quando se encontra um problema de determinado lugar e trazem para a Embrapa. “Nós precisamos fazer a transferência de tecnologia e para isso contamos com os parceiros do Idam e Adaf ”, comentou. “ Quando houver problemas podem contar com a Embrapa, pois para esses problemas de pragas, uso de agrotóxicos é um tema da área de fitossanidade e fitopatologia, estamos sempre disponíveis para prestar treinamento aos técnicos”, ressaltou.

Luiz Antonio agradeceu o apoio da Embrapa, segundo disse, sempre atendeu às solicitações do Idam e Adaf, para a realização de cursos e treinamentos aos técnicos e, especialmente dessa vez, foram prontamente atendidos. 

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