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Estudo seleciona guaraná com mais propriedades

O programa de melhoramento lançou nos últimos anos 18 cultivares


Foto: Fernando Goss

Uma pesquisa desenvolvida pelo programa de melhoramento genético do guaranazeiro, da Embrapa Amazônia Ocidental (AM), buscou genótipos mais produtivos e com mais propriedades funcionais. Também foram avaliados oito genótipos com maiores efeitos energéticos e antioxidantes, substâncias benéficas à saúde como cafeína, teobromina, teofilina, catequina e epicatequina. O guaraná tem o dobro de cafeína do que o café, por exemplo.

As informações vão incorporar programas de melhoramento genético e ampliar o potencial de uso do guaraná em indústrias como a cosmética e a farmacêutica. Também foram propostos cruzamentos para uso no programa de e observada a influência de fatores como temperatura e chuva nas características químicas dos genótipos. “É interessante que a cultura do guaraná seja implantada em locais com temperaturas mais altas para obter maiores teores de cafeína e em locais com maiores precipitações médias anuais para alcançar teores mais altos de catequinas”, informa a agrônoma Natasha Nina, autora da pesquisa.

Nina destaca que a pesquisa é inédita não só por estudar a diversidade genética em função de caracteres agroindustriais, como também pela avaliação da função dos metabólitos de sementes do guaraná voltadas à seleção de genótipos para o melhoramento genético. O programa de melhoramento lançou nos últimos anos 18 cultivares, que apresentam maior produtividade e maior resistência genética à antracnose, principal doença que ataca a cultura no Amazonas.

O resultado faz parte da pesquisa e tese de doutorado “Divergência genética, adaptabilidade e estabilidade e ganhos de seleção para caracteres agroindustriais de genótipos de guaranazeiro”, defendida pela agrônoma Natasha Nina, com orientação do pesquisador da Embrapa André Atroch e da professora Flávia Schimpl, do Instituto Federal do Amazonas (Ifam). A tese foi defendida no âmbito do programa de pós-graduação em Agronomia Tropical da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e recebeu, em 2020, premiação na categoria de Melhor Tese do Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical. A tese pode ser conferida na íntegra aqui.
 

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