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Área de cultivo de soja na Amazônia quadruplicou desde 2006

Nas safras de 2016 e 2017, foram identificados 47,365 hectares de plantio de soja em área desmatada


O cultivo de soja na Amazônia corresponde a 13% do plantio nacional da commodity agrícola. Mesmo com a moratória, iniciada em 2006, a área cultivada com a cultura aumentou quatro vezes, passando de 1,14 milhão de hectares, na safra 2006/07, para 4,48 milhões de hectares na safra 2016/17. As informações foram divulgadas na manhã desta quarta-feira (10) pelo ministro Sarney Filho, do Meio Ambiente.

Segundo o governo, nas safras de 2016 e 2017, foram identificados 47,365 hectares de plantio de soja em área desmatada. Esse é o maior número de perda de floresta para o cultivo desde 2008. Para se ter uma ideia, nas safras de 2014 e 2015 foram identificados 28,8 mil hectares de área desmatada. Mesmo assim, o governo defende o sucesso do acordo assinado há 11 anos pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), que se comprometeram a não adquirir e nem financiar soja em áreas desmatadas do bioma Amazônia a partir de julho de 2008, data de referência adotada após a vigência do Código Florestal.

Ainda segundo o Ministério do Meio Ambiente, o plantio de soja em áreas desmatadas da Amazônia corresponde a apenas 1,2% do total desflorestado do bioma.

"Com a moratória, praticamente acabou o desmatamento por plantio de soja na Amazônia sem acabar o seu plantio, mostrando que é possível desenvolvimento sem desmatar", defendeu o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho. "É uma ação conjunta na qual a sociedade civil e os produtores têm um papel importantíssimo", destacou o ministro.

Na coletiva de imprensa para divulgar os dados do relatório estavam presentes o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho e o Grupo de Trabalho da Soja que é integrado pelo setor privado (Abiove e Anec e empresas associadas), pela sociedade civil (Greenpeace, Imaflora, Ipam, TNC e WWF-Brasil) e pelo governo (Ministério do Meio Ambiente e Banco do Brasil).

Nos 89 municípios monitorados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 94,4% do desmate não está associado à conversão de terras para o plantio -- a produção ocorre em áreas de pastagem degradada ou em áreas desmatadas antes de 2008, ano-base da moratória.

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