CNA debate ações para o desenvolvimento da Amazônia
CNA discutiu os desafios na implementação da Zona Especial de Desenvolvimento Agropecuário nos Estados do Amazonas
A Comissão Nacional de Desenvolvimento da Região Norte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), discutiu, na quarta (28), os desafios na implementação da Zona Especial de Desenvolvimento Agropecuário nos Estados do Amazonas, Acre e Rondônia (Amacro) e a utilização dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).
A comissão recebeu a superintendente de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Louise Caroline Campos, para falar sobre os temas. Ela explicou que o projeto para a criação da AMACRO está em trâmite no Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e se constituirá de ações para fomentar a sustentabilidade ambiental por meio do desenvolvimento socioeconômico para os 32 municípios que compõem o Sul do Amazonas, Leste do Acre e noroeste de Rondônia.
“Existem dois grandes problemas na região Amazônica que precisamos resolver. O primeiro é a pressão sobre o desmatamento da floresta, que deve ser resolvido por meio do ordenamento territorial e da regularização fundiária. O segundo é levar o desenvolvimento socioeconômico para a população, já que 44% dos municípios da região possuem baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”, disse.
Segundo Louise, a intenção da Sudam é estreitar os laços com as entidades para otimizar a atividade agropecuária e os demais setores da região. “A vocação da região é o agro, mas as ações serão complexas, sistêmicas e multissetoriais”.
O presidente da comissão e da Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, destacou a importância da parceria entre as Federações de Agricultura para alavancar a região e reforçou que a regularização fundiária é um dos principais elementos para promover o desenvolvimento da região.
Sobre o FNO, a superintendente da Sudam afirmou que houve crescimento de 36,7% nas contratações das linhas de crédito do fundo. Louise disse ainda que o órgão espera contar com o apoio da CNA e das Federações estaduais de Agricultura para articular novos debates que facilitem o acesso dos produtores ao fundo.
“Iremos estabelecer uma agenda conjunta em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia, além de enviar à Sudam um documento com as principais dificuldades que os produtores rurais estão tendo para acessar as linhas de crédito do FNO”, ressaltou Muni Lourenço.