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Amazônia terá balsa-fábrica de açaí com energia solar

Balsa transformada em usina gera energia para processamento de fruto e polpa


Foto: Divulgação

 O Brasil ganha um projeto de geração de energia solar em pleno rio na Amazônia. Trata-se de uma balsa-fábrica que vai fornecer energia para o processamento de açaí e navegará pelas calhas dos rios Solimões, Japurá, Juruá, Purus e Madeira. 

Feita com tecnologia brasileira a balsa-fábrica é movida a energia solar e usa água do rio. Não precisa de nenhuma conexão com energia elétrica e ainda faz o tratamento da água captada, com capacidade de tratar 15 mil litros de rejeito por hora. A água devolvida ao rio é de maior qualidade do que aquela captada para utilização na fábrica. 

A estrutura terá a capacidade para processar 20 toneladas de frutos e 12 toneladas de polpa congelada de açaí por dia. Para se manter em funcionamento, a balsa recorre a painéis solares que cobrem a estrutura de dois mil metros quadrados, captando a energia da luz solar e a convertendo em eletricidade. 

Parte da energia é utilizada de imediato para alimentar toda a fábrica. O restante, somado à energia produzida por geradores a diesel, é armazenado em baterias para uso posterior. O projeto é assinado pela Transportes Bertolini, empresa do Amazonas do setor de transportes rodoviários e hidroviários, e pela Valmont Solar.

Somando um investimento na ordem de R$ 20 milhões, a balsa está nas últimas fases do desenvolvimento. "O projeto é extremamente complexo. É uma indústria inteiramente construída sobre uma balsa, totalmente off-grid, ou seja, sem ligação à rede elétrica, baseada na energia solar gerada em painéis e no seu armazenamento em baterias. É um projeto pioneiro no país", destaca o presidente da Valmont Solar Solutions, Fábio Yanagui. 

Além disso, a fábrica também irá contribuir para o aumento da renda das comunidades ribeirinhas em até 300% , alcançando os R$ 5 milhões anuais. Com a criação de 50 empregos diretos, a Bertolini também irá comprar o açaí diretamente de fornecedores inseridos nestas comunidades, eliminando a necessidade de um atravessador. 
 

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