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Realizada primeira colheita de café clonal

Projeto quer avaliar três ensaios de clones da cultura no estado do Amazonas


Foto: Maria José Tupinambá

Foi realizada nesta semana a primeira colheita de clones de Coffea canephora no Amazonas. O projeto que busca avaliar três clones da cultura no Estado e selecionar plantas superiores para o plantio é uma parceria entre a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e as unidades da Embrapa Rondônia e Amazônia Ocidental.

Os clones são avaliados nos municípios de Manaus, Itacoatiara e Humaitá e a colheita ocorreu na fazenda da Ufam. “Hoje existem no Amazonas mais profissionais que vivenciaram o desenvolvimento da cultura e que são capazes de apoiar a expansão da cafeicultura no Amazonas. Com o resultado da colheita já teremos a informação sobre a adaptação e avaliação dos clones no ambiente do Amazonas’’, explica a coordenadora do projeto, professora da Ufam, Maria Teresa Lopes.

Os experimentos são desenvolvidos há dois anos e já englobaram conhecimentos sobre instalação da cultura do cafeeiro e sua condução. Foram colocados 15 clones de café, testando a adaptabilidade e produtividade, em diferentes regiões do Amazonas. Na Fazenda Experimental há cerca de 2500 metros quadrados de plantação, com 640 mudas e a colheita será feita de forma escalonada já que há um diferencial de tempo de maturação.. Os grãos, depois de colhidos, servirão para avaliar a adaptabilidade e produtividade dos diferentes clones.

A pesquisa também visa difundir a cultura do café entre os agricultores da região. O café é uma cultura muito apropriada para a agricultura familiar, por existir potencial de mercado e os agricultores poderem aproveitar áreas já desmatadas existentes no estado, para produzir e gerar renda. “Estamos querendo entregar à sociedade do Amazonas uma opção de produção sustentável de café de qualidade para atender inicialmente a nossa demanda interna”, disse o pesquisador da Amazônia Ocidental, Edson Barcelos. Salientou ainda que o café plantado tem por característica ser muito forte e tem por finalidade fazer cafeína industrial. 

As mudas que estão sendo plantados são clones produzidos pela Embrapa Rondônia a partir de galhos de outra planta, por meio de estaquia e não por sementes. Em 2012, a Embrapa lançou uma variedade chamada BRS Ouro Preto e em 2019, foram lançadas mais 10 variedades. O material que veio para os testes no Amazonas reúne parte dos materiais da primeira variedade (BRS Ouro Preto) e mais os 10 novos materiais produzidos recentemente.

A Embrapa Rondônia trabalha com desenvolvimento de cultivares, mas também na área de manejo (poda, espaçamento, produção de mudas), técnicas de colheita e pós-colheita para a melhoria da qualidade da bebida e controle de pragas e doenças. São mais de 40 anos trabalhando e participando ativamente do processo de desenvolvimento do café na região. 
 

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