RS: umidade e falta de luminosidade preocupam produtores de trigo
Os manejos fitossanitários estão focados no controle de doenças
O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (19/09), destacou que as chuvas recentes foram essenciais para garantir a umidade do solo nas lavouras de trigo do Rio Grande do Sul. Cerca de 40% das lavouras estão em floração e 28% em enchimento de grãos, estágios que demandam maior disponibilidade hídrica. Apenas 1% das lavouras, plantadas precocemente, já iniciou a maturação.
Os manejos fitossanitários estão focados no controle de doenças. Nas lavouras em estágio vegetativo, é realizado o controle de manchas e oídio, enquanto nas áreas em fase reprodutiva, ferrugem e giberela são as principais preocupações. A presença de pulgões também foi observada, mas a liberação de parasitoides, realizada desde as décadas de 1970 e 1980, continua a contribuir para o controle natural da praga.
Na região Noroeste, a alta umidade e a falta de luminosidade estão impactando o desenvolvimento das lavouras, com relatos de estresse hídrico e perdas de até 5% no potencial produtivo. No entanto, as condições climáticas mais recentes têm favorecido o manejo fitossanitário.
Na Fronteira Oeste, as lavouras apresentam boas condições sanitárias, apesar de menor porte das plantas em algumas áreas. Já em outras regiões do estado, como Erechim e Frederico Westphalen, o clima tem sido mais favorável, com expectativa de produtividade positiva. Por outro lado, a presença de fuligem das queimadas preocupa os produtores de diversas regiões, pois diminui a luminosidade e pode comprometer a saúde das plantas.
O preço médio da saca de 60 quilos de trigo subiu 0,68%, passando de R$ 68,94 para R$ 69,41, com o produto sendo cotado a R$ 84,00 na Bolsa de Cereais de Cruz Alta.