Parceria vai aprimorar segurança no uso de EPIs
O foco está em levantar dados sobre a segurança do trabalho rural
O foco está em levantar dados sobre a segurança do trabalho rural - Foto: Divulgação
Pesquisadores do Instituto Agronômico (IAC), por meio do programa IAC-Quepia, vão conduzir uma consultoria técnica para avaliar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) nas lavouras de tabaco. A iniciativa ocorre a partir de um contrato de cooperação firmado com o SindiTabaco, entidade que representa a indústria do setor. O foco está em levantar dados sobre a segurança do trabalho rural e, a partir dos resultados, propor melhorias, inclusive com o possível desenvolvimento de vestimentas específicas para essa cultura.
Criado há 18 anos, o IAC-Quepia conecta a indústria nacional de EPIs ao Centro de Engenharia e Automação (CEA), localizado em Jundiaí (SP), com apoio da Secretaria de Agricultura de São Paulo. Desde 2010, o programa contribuiu para a queda de reprovações de qualidade de EPIs agrícolas de 80% para 20%, refletindo avanços técnicos relevantes para o campo.
De acordo com o pesquisador Hamilton Ramos, coordenador do programa, as análises serão aprofundadas, considerando os modelos de EPIs usados por aplicadores de defensivos agrícolas nas plantações de tabaco. “Também temos em vista a possibilidade de desenvolver EPI específicos para utilização na cultura do tabaco, a depender do resultado dos estudos complementares”, diz Ramos.
O Brasil é hoje o segundo maior produtor mundial de tabaco, com destaque para a região Sul, onde a atividade envolve 133 mil produtores em 509 municípios. Segundo o SindiTabaco, o setor emprega diretamente cerca de 40 mil pessoas na indústria de beneficiamento, movimentando uma importante cadeia econômica no país.
