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Bahia começa a plantar nova safra de algodão

Os produtores que decidiram manter os investimentos na cultura estão otimistas


Foto: Pixabay

 O vazio sanitário do algodão terminou na última sexta-feira (20) na Bahia e as primeiras máquinas já trabalham na semeadura do ciclo 20/21. Para esta safra a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma redução de área de 20%, com 251 mil hectares dedicados para a fibra. A produção está estimada em 455 mil toneladas de pluma, uma queda de 23,7%. 

Segundo a Associação Baiana dos Produtores de Algodão os produtores que decidiram manter os investimentos na cultura estão otimistas com os resultados em produtividade, incremento do preço no mercado e a retomada da atividade econômica pelos países asiáticos, principal mercado internacional da fibra brasileira.

De acordo com a entidade, os produtores baianos ainda têm em estoque 20% da safra para comercializar, o que também pressionou os cotonicultores na redução da área. Para o presidente da entidade, Júlio Cézar Busato, esta definição foi uma resposta imediata à desaceleração econômica no setor têxtil diante do período da pandemia da Covid-19. “O câmbio favorável no momento da comercialização da fibra, a partir de setembro, mudou o clima entre os produtores, principalmente entre aqueles que seguraram os estoques para negociar em momento mais adequado”, reforça.

Na região o que tem feito a diferença na produção é o trabalho desenvolvido pelos produtores o combate a pragas e doenças e o uso de tecnologia em sementes e fertilizantes, cada vez mais adequados ao solo e clima do Oeste da Bahia e quem tem elevado o potencial da fibra local. 

A Bahia contribui com a participação de 25% da safra nacional, sendo considerada a área agrícola com a maior produtividade de algodão não irrigado do mundo. O Oeste do estado atravessa quatro safras com resultados positivos em produção e produtividade, sendo a última, a segunda maior da história, ao atingir a média de 310,15 arrobas de algodão em caroço/hectare em uma área total de 313.566 mil hectares. A produção atingiu a mesma média da safra passada, em torno de 1,5 milhão de toneladas de algodão (fibra e caroço).

No entanto, para Busato, o produtor precisa fazer conta e ficar atento aos custos de produção, em sua maioria, também atrelados ao dólar, a exemplo do maquinário, adubos e fertilizantes a serem utilizados na semeadura. “O produtor pode perder cerca de 23% em rentabilidade com as variações do preço e custos ao longo da safra, que chegam a ter 70% do valor indexado ao dólar”, afirma.

* com informações da assessoria de imprensa
 

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