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Estados produtores de algodão mantém boa expectativa para a safra 2017/18

Ampa divulgou a estimativa da área de algodão no Estado, com a semeadura praticamente encerrada nesta safra de 2017/18


Há poucos dias a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) divulgou a estimativa da área de algodão no Estado, com a semeadura praticamente encerrada nesta safra de 2017/18. A área é estimada em 783 mil hectares - – um aumento de 25% em relação à safra 2016/17, quando foram cultivados 626.700 ha. O estabelecimento da cultura foi um pouco adiado em algumas regiões, em razão do atraso na colheita da soja e o excesso de chuvas no plantio do algodão, mas as expectativas são boas.

Assim como em Mato Grosso, a semeadura do algodão na Bahia está encerrada e também teve aumento de área. Conforme Lidervan Moraes, diretor executivo da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), o estado semeou em torno de 265 mil hectares, 32,5% a mais em relação à safra 2016/17. E com a expectativa de uma boa safra de soja (é esperada a melhor dos últimos sete anos, segundo os produtores) e com o excelente desenvolvimento da cultura do algodão, há indicação de aumento de área de plantio de algodão para a próxima safra (2018/19), ultrapassando a marca de 300.000 hectares.

De acordo com Luis Faeda, supervisor técnico de Algodão da Tropical Melhoramento & Genética (TMG), empresa nacional com participação acima de 30% do mercado de algodão no País (safra 2017/18), as chuvas no início da semeadura atrapalharam um pouco, mas não foram graves o suficiente para comprometer a safra. “O que não pode ocorrer é um abril/maio secos. Até agora a chuva tem ajudado”,  informa.

Com relação ao ataque de doenças e pragas, o supervisor destaca que a safra tem tudo para ser tranquila. “A Ramulária vem se comportando dentro do esperado, com o manejo preventivo sendo feito à base de fungicidas”, explica. O cotonicultor, porém, deve ficar mais atento à presença de tripes, pulgão e mosca branca, pragas que têm preocupado mais. O pulgão é vetor de duas viroses, Vermelhão e Azulão. Já em relação ao tripes, as maiores infestações têm ocorrido entre 10 e 20 dias iniciais da cultura, causando injúrias na parte foliar.  

A mosca branca, velha conhecida do cotonicultor, não tem apresentado um ataque tão severo até agora, como em anos anteriores. Nas áreas onde o desenvolvimento da cultura já está mais avançado, pontua o supervisor técnico, percebe-se que o ano será de combate árduo ao bicudo do algodoeiro, que já está presente em muitas áreas. “O produtor não pode descuidar do manejo preventivo dessa praga”, ressalta ele.

Luis Faeda lembra ainda de algumas cultivares de algodão da TMG em destaque também nessa safra, como a TMG 81WS, TMG 42WS,  TMG 47B2RF e TMG 44B2RF. A TMG 81WS é uma cultivar de ciclo tardio, bastante utilizada em plantio de primeira safra e na abertura de segunda safra, tem sistema radicular agressivo e é tolerante ao nematoide de galhas. A variedade teve aumento significativo de participação nessa safra, devido o seu potencial  produtivo e sua versatilidade no posicionamento dentro do planejamento da safra.

A TMG 42WS é uma cultivar de ciclo médio precoce, com tecnologia RX (tolerância à Ramulária) e posicionamento para segunda safra no Mato Grosso, mas que vem surpreendendo pela performance nos plantios em primeira safra, principalmente na Bahia.

A TMG 47B2RF tem ciclo médio tardio, é utilizada no fechamento de primeira safra e abertura de segunda safra, principalmente. Tem alto potencial produtivo, RX (tolerância à Ramulária) e equilíbrio na qualidade de fibra. “Essa cultivar aos poucos está conquistando o seu espaço, é uma variedade de manejo técnico que caiu no gosto dos produtores por ser uma importante ferramenta dentro de seu planejamento de safra”, destaca Faeda.

A TMG 44B2RF, lançamento da safra 2017/18, é opção no plantio de segunda safra e destaque para fechamento de plantio. A cultivar de ciclo médio precoce tem excelente potencial produtivo, ótima qualidade de fibra e com tecnologia RX. Já está presente em todo o cerrado em vários tipos de posicionamento, com um ótimo desenvolvimento e excelente expectativa de resultados.

A colheita do algodão nessa safra, na Bahia, está prevista para iniciar no final de maio ou começo de junho. Em Mato Grosso, inicia-se a partir do dia 20 de junho, aproximadamente, podendo se estender bastante em algumas regiões que tiveram atraso no plantio.

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