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Bahia bate novo recorde de amostras de algodão analisadas na safra 2017/2018

Para garantir maior confiabilidade da fibra pelo mercado consumidor, houve um incremento de 62,32% no número de análises realizadas na Bahia


Segundo maior produtor de algodão do Brasil, a Bahia conta com o maior laboratório de análise de fibras da América Latina, localizado em Luís Eduardo Magalhães. Com o crescimento da produção na safra 2017/2018, que totalizou 1,2 milhão de toneladas de algodão em caroço e 535 mil toneladas de pluma, o Centro de Análise de Fibras testou um total de 1.854.152 milhão de amostras de algodão em equipamentos de High Volume Instruments (HVI) e 220.941 mil por meio de classificação visual. Ao superar os dois milhões de amostras classificadas, este foi considerado um recorde histórico em uma única safra pelo laboratório mantido pelos próprios cotonicultores, por meio da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).

Para garantir maior confiabilidade da fibra pelo mercado consumidor, houve um incremento de 62,32% no número de análises realizadas na Bahia em relação à safra 2016/2017, que contabilizou um total de 1.126.408 milhão de amostras de HVI e 166.891 mil por classificação visual. Para o gerente do Centro de Análise de Fibras da Abapa, Sérgio Brentano, o laboratório trabalhou ao longo de toda a safra para atender a demanda dos cotonicultores. “A partir do início da colheita, em junho passado, os produtores passaram a encaminhar as amostras para classificação. Cerca de 65 profissionais trabalharam ao longo desta safra para garantir a classificação e atestar a qualidade do algodão baiano”, afirma.

Graças aos equipamentos HVI, são analisadas características intrínsecas de avaliação do setor têxtil como alongamento, resistência, uniformidade, reflectância, amarelamento, maturidade, grau da folha e índice de fiabilidade. O presidente da Abapa, Júlio Busato, explica que esta classificação tem sido fundamental para demonstrar a qualidade do algodão que vem sendo produzido no oeste da Bahia. “A região possui o regime de chuvas ideal para a produção do algodão somado às tecnologias em cultivares e de manejo de pragas que o produtor baiano vem utilizando no campo para levar a melhor fibra para o mercado, garantindo também melhor rentabilidade ao gerar o diferencial da sua fibra”, afirma.

Desde 2013, a Abapa vem modernizando o laboratório. Em 2018, foi implantado o sistema Chiller que permite maior controle nas condições do ambiente, adequando a umidade necessária para obter resultados mais precisos das amostras analisadas. A entidade também investiu na aquisição de cincos novas máquinas de HVI, com investimento em torno de R$ 8 milhões, com início de operação na safra 2018/2019. “Neste período, houve a adesão do nosso laboratório ao programa de qualidade Standard Brasil HVI (SBRHVI) da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), o que garante maior confiabilidade dos resultados das análises do algodão. Os compradores terão ainda mais segurança na aquisição do algodão adquirido de nossos produtores, que vem conquistando a confiança e reconhecimento do mercado no Brasil e no Mundo”, reforça Busato.

Na safra 2018/2019, a entidade estima um incremento de 26,5% da área plantada em relação à última safra, contabilizando 332 mil hectares em toda a Bahia. O oeste do estado concentra 96% da atividade no estado e tem garantido nas duas últimas safras produtividade recordes em torno dos 320 arrobas de algodão/hectare.

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